29 de abril de 2016

Bandeira fica verde em maio e conta de luz continua sem custo extra

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu nesta sexta-feira (29) que a bandeira tarifária se mantém verde no mês de maio e, portanto, a conta de luz continuará sem cobrança extra.

A Aneel informou que os fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde foram as chuvas, que recompuseram os reservatórios das hidrelétricas, o aumento de energia disponível devido à queda no consumo de eletricidade - provocada pela crise econômica -, e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro.
Em abril, foi a primeira vez que a bandeira ficou verde. O sistema começou a funcionar em janeiro de 2015 e, desde então, na maior parte do tempo, se manteve na cor vermelha.
O sistema de bandeiras tarifárias aplica uma cobrança extra nas contas de luz quando aumenta o custo para produzir energia no país devido ao uso de termelétricas - usinas que geram eletricidade por meio da queima de combustíveis e, por isso, mais cara.
Histórico
Ao longo de todo ano de 2015, e começo de 2016, vigorou a bandeira vermelha, que indica custo alto para produção de energia e aplica a taxa máxima nas contas de luz. Durante esse período, as principais hidrelétricas do país sofriam com baixo armazenamento de água em seus reservatórios devido à falta de chuvas.

Em março, a bandeira mudou para a cor amarela, já refletindo a melhora na situação das hidrelétricas com o aumento das chuvas no último verão. Com isso, a cobrança extra, que chegou a R$ 5,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos, baixou para de R$ 1,50.
A partir de abril, passou a vigorar a bandeira verde e a cobrança extra foi suspensa. Na ocasião em que anunciou a implementação da bandeira verde, o então ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que a mudança foi possível devido ao nível de consumo de energia, nível dos reservatórios e entrada de energia nova no sistema.
Termelétricas
Com a melhora do índice de chuvas, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) vem autorizando o desligamento de usinas térmicas. No fim de fevereiro, o CMSE anunciou o desligamento de 14 usinas térmicas, que correspondem a 3 mil megawatts. No início do mesmo mês, já havia autorizado o desligamento de outras sete usinas, com capacidade instalada de cerca de 2 mil megawatts.

A eliminação da cobrança extra em abril e em maio não significa que o sistema de bandeiras tarifárias será abolido. Se no futuro o governo necessitar ligar mais usinas térmicas novamente, a cobrança será retomada.
Em 2015, os brasileiros pagaram um total de R$ 14,712 bilhões a mais nas contas de luz devido à cobrança da bandeira tarifária.
Fonte: G1

Desemprego fica em 10,9% no 1º trimestre de 2016, diz IBGE

O desemprego ficou em 10,9% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa taxa é a maior desde o início histórica da Pnad Contínua, em 2012.
No trimestre encerrado em dezembro, o índice havia chegado a 9% e no primeiro trimestre de 2015, bateu 7,9%.
Segundo o IBGE, o aumento da taxa de desocupação ocorreu por causa da alta expressiva da desocupação, redução da ocupação e aumento da força de trabalho. “Está acelerando porque tem mais pessoas na população desocupada e menos pessoas na população ocupada. E isso está indo de forma bastante consistente ao longo dos últimos meses”, observou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
A quantidade de pessoas desocupadas cresceu 22% em relação ao período outubro a dezembro e chegou a 11,1 milhões - o maior número de desocupados desde o início da Pnad Contínua. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2015, a alta foi ainda maior, de 39,8%.
Na outra ponta, a população ocupada, que somou 90,6 milhões de pessoas, recuou 1,7% sobre o trimestre encerrado em dezembro do ano passado e 1,5% sobre o período de janeiro a março de 2015. O número de pessoas empregadas com carteira assinada também caiu e chegou a 34,6 milhões. Sobre dezembro, a diminuição foi de 2,2% e sobre os primeiros três meses de 2015, de 4%.
“A gente está voltando para meados de 2013 [o patamar] na população ocupada. A notícia é que caiu [no primeiro trimestre do ano em comparação com o trimestre anterior] além do que tem sido observado.”
A maior redução partiu da indústria geral (-5,2% sobre dezembro), seguida pela construção (-4,8%) e pela administração pública (-1,9%). Sobre o trimestre de janeiro a março, houve alta do número de ocupados em transporte, armazenagem e correio (4,3%); serviços domésticos (4,3%) e alojamento e alimentação (4%), entre outros setores.
Com a redução das ofertas de emprego, o número de pessoas que optaram por trabalhar por conta própria cresceu em ambas comparações. A alta foi de 1,2% sobre o trimestre de outubro a dezembro de 2015 e de 6,5% em relação ao primeiro trimestre de 2015.
“Tem componente sazonal atuando de forma bastante efetiva, que é: as pessoas que foram contratadas temporariamente foram dispensadas. O índice de efetivação praticamente não ocorreu, ele foi suplantado pela dispensa. Foram 1,6 mil trabalhadores dispensados. A perda do quarto trimestre para o primeiro trimestre foi de 1,606 milhão, ou seja, foram dispensados além do que foram contratados no final do ano”, analisou Azeredo.
Salário

De acordo com o IBGE, o primeiro trimestre deste ano mostrou que o rendimento médio recebido pelos trabalhadores ficou R$ 1.966 - 3,2% abaixo do registrado no mesmo período de 2015. Já sobre o trimestre encerrado em dezembro, não houve variação.

“O período atual foi mais agressivo em termos de dispensa, em termo de queda da qualidade do emprego gerando com isso uma busca maior pela ocupação. Quando cai emprego e cai renda, isso gera procura.”
Frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, só subiu o rendimento dos trabalhadores domésticos: 2,3%. Já sobre o primeiro trimestre de 2015, houve redução dos ganhos para a categoria dos trabalhadores por conta própria: 3,9%.
“Trabalho doméstico voltou a subir, que é outra forma de entrar no mercado, principalmente mulher de baixa renda e de pouca escolaridade. Ela tende a voltar ao mercado através do emprego doméstico”, analisou.
Fonte: G1

25 de abril de 2016

CMN autoriza abertura e fechamento de conta pela internet


A partir desta segunda-feira, 25, clientes podem abrir ou fechar contas de depósito ou de poupança em instituições financeiras sem haver necessidade de comparecer ao local. Regulamentação feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na sexta-feira passada e divulgada nesta segunda libera que os processos sejam feitos de forma remota.

A norma faz parte do Programa Otimiza BC e, segundo a instituição, permite a ampliação da oferta de produtos e serviços financeiros à população de forma segura e eficiente. Para que isso ocorra, as instituições devem adotar procedimentos e controles que possam confirmar e garantir a autenticidade, integridade, confidencialidade e segurança das informações e documentos eletrônicos exigidos.

A chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Sílvia Marques, avaliou nesta segunda que o investimento inicial para abertura de contas remotas pode ser "bem pesado". "Pode ser que, no primeiro momento, não signifique redução, mas aumento de custos. Isso vai depender de quão tecnológico está o banco", disse. Segundo ela, este é mais um passo para alinhar o sistema às novas tecnologias já existentes.

A norma do CMN prevê diversos dispositivos para procedimentos de segurança e lavagem de dinheiro. Questionada sobre se esse meio não poderia intensificar o aumento de irregularidades, a chefe de departamento disse que, ao contrário, pode dificultar a existência de fraudes. "Os instrumentos permitem várias checagens eletrônicas e permitem dizer que o risco está mitigado", argumentou.

A instituição pode, por exemplo, usar dispositivo de vídeo ou uma assinatura com certificação eletrônica. "O que se permite é que os bancos possam utilizar tecnologia de reconhecimento de voz, pessoal, de documentos para processo de abertura de contas", explicou. Ferramentas como "reconhecimento de voz e imagem", por exemplo, não estão colocadas de forma explícita na resolução, que trata de "mecanismos de controle".

A regulação existente antes desta norma do CMN já permitia contas de movimentação eletrônica, mas previa contato presencial em algum momento com o banco. Também liberava a abertura de contas de forma remota, mas desde que ela estivesse vinculada a uma outra conta já existente. Segundo Sílviaeste não foi um pedido específico do setor, mas a regulamentação visa a avançar o atendimento em relação às tecnologias existentes.


Boletos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) deixou claro que a partir desta segunda que os caixas de bancos tradicionais em agências abertas a clientes devem pagar contas de boletos emitidos por concorrentes sem que haja discriminação entre correntistas e não correntistas. Para isso, aprovou a resolução 4.479, que altera a 3.694, de 26 de março de 2009. A principal mudança, de acordo com Sílvia Marques, foi na redação.

"A norma já existia, mas havia dúvidas na forma da redação. Alguns clientes reclamavam que não conseguiam pagar contas no caixa, que havia diferenças entre cliente e não cliente e que havia recusa de pagamentos", disse. De acordo com ela, a redação anterior deixava dúvidas, mas agora não há mais ambiguidade sobre o fato de as instituições terem de atender a todos. "Agora está explícito que não pode haver diferenciação entre cliente e não cliente no caixa", afirmou.

A chefe de departamento explicou que algumas exceções continuam valendo, como o pagamento de boleto vencido, que só pode ser pago na instituição financeira que o emitiu. Da mesma forma, os bancos não são obrigados a aceitar o pagamento com cheques, como já ocorre hoje. Isso porque, de acordo com Sílvia, a instituição não tem como verificar assinatura ou se o cheque de outra instituição possui fundos. Se o banco não possui um caixa tradicional, também está isento. "Se houver agência aberta ao público, tem que atender a todos", resumiu.
CRI e CRA

As instituições financeiras estão liberadas para comprar Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) emitidos por companhias securitizadoras ligadas a elas, desde que obedeçam a algumas regras. Até agora, a aquisição apenas poderia ser feita de empresas sem qualquer vínculo com o banco. A mudança foi divulgada também foi divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central por meio de um voto do Conselho Monetário Nacional (CMN) de sexta-feira.

Entre as condições que são impostas para essa negociação está a de que a operação tem que se enquadrar no regime fiduciário, que prevê a segregação do patrimônio das securitizadoras aos créditos que vão servir de lastro aos títulos vendidos. "O patrimônio da securitizadora precisa estar separado para garantir confiança. É uma blindagem dos créditos que servem de lastro para a emissão desses papéis, para que créditos possam ser de boa qualidade", explicou a chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Sílvia Marques.

Outras condições são as de que os títulos precisam ser de classe subordinada ou provir do exercício de garantia firme de subscrição pela instituição regulada. "Esse voto visa a estimular processo de securitização. Pode haver aumento de negociação desses papéis (CRI e CRA)", estimou.

Ela disse que há várias companhias securitizadoras no País e que as duas maiores empresas do setor são vinculadas à instituições financeiras de forma bem "pulverizada". Sílvia evitou, no entanto, citar nomes no mercado. "O que se oferece aqui é mais uma oportunidade de compra (de CRI e CRA)", enfatizou.

Fonte:Hoje em Dia

Porcentual de cheque devolvido sobe em março a maior nível desde 1991

O porcentual de cheques devolvidos pela segunda vez, por insuficiência de fundos, atingiu em março o maior patamar da história. O Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos aponta que, no mês passado, 2,66% dos cheques emitidos foram devolvidos, patamar inédito desde 1991, quando a Serasa passou a fazer o estudo. Foram devolvidos 1.354.017 de cheques em março. Outros 50.932.422 de cheques foram compensados.
Em fevereiro deste ano, o porcentual de cheques devolvidos ficou em 2,27%, com 1.104.817 de devoluções. Em março de 2015, o indicador havia ficado em 2,32%, com 1.414.160 de cheques devolvidos.
Os economistas da Serasa Experian atribuem a marca à inflação elevada e ao aprofundamento da recessão econômica, o que impulsiona o desemprego no País.
Regiões
A taxa de devolução de cheques atingiu a marca de 5,05% no Nordeste em março. Na Região Norte, ficou em 5%. No Centro-Oeste, a marca ficou em 3,50%. Já no Sul, o porcentual de devoluções alcançou 2,32%. Na região Sudeste, o indicador ficou em 2,19%.
A Serasa também divulgou os dados acumulados entre janeiro e março, quando a taxa nacional de devoluções ficou em 2,45%. Nesse caso, a região Norte aparece com o maior nível de cheques sem fundo, com 4,75% do total dos documentos emitidos. Na sequência aparecem as regiões Nordeste (4,61%), Centro-Oeste (3,23%), Sul (2,17%) e Sudeste (2,00%).
No acumulado trimestral, destaca a Serasa, a taxa de devolução no Amapá ficou em 18,27%. Ou seja, quase um em cada cinco cheques foi devolvido por falta de fundos. São Paulo apresentou a menor taxa do País, com 1,84%.
Fonte: O Tempo

21 de abril de 2016

Dia 21 de abril: Dia de Tiradentes

No dia 21 de abril é comemorado no Brasil o Dia de Tiradentes, uma data criada para homenagear Joaquim José da Silva Xavier, um ativista político que se transformou em herói nacional.
A história de Tiradentes está totalmente relacionada à Inconfidência Mineira, um movimento ocorrido nos séculos XVII e XVIII que tinha como objetivo a separação do Brasil do domínio de Portugal. Naquela época, o Brasil proporcionava grandes lucros aos portugueses por meio de suas riquezas minerais, isto é, ouro e diamantes. Contudo, estas riquezas estavam começando a se tornar escassas. Além disso, muitos não pagavam o quinto, uma espécie de imposto cobrado pela coroa sobre todo o ouro encontrado na colônia. Desta forma, o lucro de Portugal começou a cair. Reagindo a esta situação, os portugueses passaram a exercer um controle mais rígido sobre as riquezas e a aumentar os impostos. Tais medidas desagradaram a elite de Minas Gerais, que estava significativamente influenciada pelas ideias iluministas importadas da Europa.
Assim, se iniciou um movimento separatista no Brasil: a Inconfidência Mineira. A maioria dos inconfidentes eram homens ricos e cultos, com exceção de Tiradentes, um militar. O nome “Tiradentes” provém do fato de Joaquim José da Silva Xavier também exercer a função de dentista.
O movimento não teve sucesso e os inconfidentes foram presos. Tiradentes ficou preso por três anos, esperando seu julgamento. Todos os outros homens envolvidos na Inconfidência Mineira escaparam de uma pena maior, já que possuíam muitos bens; a maioria optou pelo exílio. Apenas Tiradentes foi condenado à pior das punições: em 21 de abril de 1792, foi enforcado e esquartejado.
O reconhecimento da bravura de Tiradentes só se deu em 1890. Atualmente, Tiradentes é considerado Patrono Cívico do Brasil.

20 de abril de 2016

Remédios já estão 2,64% mais caros após autorização de reajuste

Os remédios já estão 2,64% mais caros, como reflexo de parte do reajuste de 12,50% autorizado para entrar em vigor a partir de 1º de abril. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril, divulgado nesta quarta-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O item se destacou no grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que saiu de alta de 0,70% em março para 1,32% em abril. Outros aumentos relevantes no grupo foram de plano de saúde (1,06%), artigos de higiene pessoal (0,70%) e serviços laboratoriais e hospitalares (0,66%).
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve a maior alta em abril depois de Alimentação e Bebidas (1,35%). Já Habitação registrou recuo (-0,41%), puxado pela queda na energia elétrica. Houve, por outro lado, elevação de 0,98% na taxa de água e esgoto, influenciada pelas regiões metropolitanas de Recife (9,21%), onde a tarifa foi reajustada em 10,69% a partir do dia 20 de março, e de Curitiba (4,70%), com reajuste de 10,48% em 1º de abril.
Destaques nos demais grupos
Nos demais grupos, destacam-se os aumentos dos itens TV, som e informática (1,69%); artigos de limpeza (1,42%); emplacamento e licença (0,75%); empregado doméstico (0,69%); roupa feminina (0,57%); conserto de automóvel (0,48%); e ônibus urbano (0,37%)
No item ônibus urbano (0,37%), Porto Alegre (8,00%) foi a região que exerceu mais influência sobre o resultado nacional, devido ao reajuste de 15,38% sobre as tarifas em vigor desde 30 de março.
Fonte: O Tempo

Desemprego fica em 10,2% e é o maior da série da Pnad, do IBGE

O desemprego ficou em 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior índice da série, iniciada em 2012. Pela primeira vez, a taxa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua) atinge dois dígitos.
O índice ficou bem acima do registrado no mesmo período de 2015, quando chegou a 7,4%.
A população desocupada somou 10,4 milhões de pessoas e também atingiu o maior patamar desde o início da Pnad. Esse indicador mostrou forte alta, principalmente na comparação com o mesmo período de 2015, quando o contingente subiu 40%. Diante do trimestre de setembro a novembro, o avanço foi menor, de 13,8%.
“Esse número [10,371 milhões de pessoas desocupadas] é um número recorde, é a maior estimativa já vista na Pnad até hoje. A força de trabalho do Brasil está maior. E está maior porque cresceu o número de desocupados e não porque aumentou o número de ocupados”, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
De acordo com o coordenador, esse aumento da população desocupada já era esperado. "Há uma questão da sazonalidade [uma vez que janeiro e fevereiro são meses de dispensa de trabalhadores temporários] .O que é importante analisar nesse momento é o quanto avançou ou quanto caiu em termos de população ocupada. Quantas pessoas perderam emprego em intensidade em relação à série histórica da pesquisa.”
Carteira assinada
Por outro lado, a população ocupada mostrou queda próximo de 1% nas duas bases de comparação ao chegar a 91,1 milhões. A quantidade de empregos com carteira assinada no setor privado sofreu diminuição de 1,5% sobre o trimestre de setembro a novembro de 2015  e de 3,8% na comparação com igual trimestre do ano anterior.

“Significa dizer que no final o ano passado para o início do ano, meio milhão de pessoas deixaram de ter carteira de trabalho. Isso não é nada favorável. Porque perder carteira de trabalho é perder garantia do emprego, contribuição da Previdência, não está recolhendo para fundo de garantia, ou seja, uma série de benefícios quando o emprego com carteira que ele deixa de existir. E você vê que o emprego sem carteira também caiu. Então, de certa forma o emprego no país caiu como um todo.”
As maiores quedas partiram da indústria geral (-5,9%) e do setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-2,5%).
Salários
O rendimento médio de quem estava trabalhando no período foi de R$ 1.934. Sobre o trimestre de setembro a novembro, o valor não variou, mas em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro do ano passado, o rendimento caiu 3,9%.

Na comparação com o trimestre de setembro a novembro de 2015, só o rendimento médio do grupo de serviços domésticos teve aumento, de 1,8%. “Esse aumento do rendimento do trabalhador doméstico pode ser em consequência do aumento do salário mínimo”, disse Azeredo.
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o rendimento médio caiu em grupamentos transporte, armazenagem e correio (-6,3%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-5,7%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (7,4%).
Conta própria
O número de empregadores também diminuiu. Frente ao trimestre de setembro a novembro, a queda foi de 5,8% e, em relação ao mesmo trimestre de 2015, de 5,4%.

Em tempos de desemprego, a quantidade de trabalhadores por conta própria cresceu 3% na comparação com o período de setembro a novembro de 2015 e 7% diante do mesmo período de 2015.
Fonte: G1

15 de abril de 2016

Crise inibe brasileiro a fazer empréstimos bancários neste ano

A crise econômica e a instabilidade política têm mantido a intenção dos brasileiros de tomar crédito em 2016 baixa: 18% dos consumidores pretendem fazer empréstimo ou entrar em financiamento neste ano.
O resultado faz parte de pesquisa realizada em conjunto pela Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) e pela TNS Brasil, empresa de pesquisa de mercado.
A intenção de buscar crédito está no mesmo patamar de outubro de 2015 (último levantamento disponível). Em abril do ano passado, ela foi manifestada por 24% dos entrevistados.
Por outro lado, a propensão a fazer um financiamento imobiliário cresceu entre os que estão dispostos a tomar empréstimos. O aumento foi de 10 pontos percentuais em relação ao resultado de outubro de 2015.

Antes, 44% dos que buscariam crédito estavam interessados nesta modalidade de financiamento. Agora são 54%.
No mesmo período, caíram a intenção de buscar empréstimos diretos para o consumidor (de 32% para 24%) e para o financiamento de automóveis (de 36% para 33%). A propensão a busca pelo crédito consignado se manteve estável, em 33%.
Para a pesquisa, foram feitas 1.000 entrevistas com pessoas de idade entre 18 e 65 anos.
Segundo Elizabeth Salmeirão, diretora de desenvolvimento de negócios da TNS, a situação política conturbada cria uma sensação de insegurança que diminui a intenção dos consumidores de gastar neste momento.

Ela atribui o aumento da busca por crédito imobiliário ao fato de este ser um financiamento a item de primeira necessidade.
Dentre os entrevistados, 68% disseram ter sentimento de preocupação em relação ao futuro do Brasil.
Quando perguntados sobre a situação do país, 83% avaliaram como ruim ou péssima.
Outro ponto que diminui o interesse por crédito é a inflação. Ela foi apontada por 91% dos entrevistado como influente na hora de tomar a decisão por um financiamento.

Fonte: O Tempo

Governo propõe na LDO salário mínimo de R$ 946 em 2017

O governo federal propôs que o salário mínimo, que serve de referência para mais de 48 milhões de pessoas no Brasil, suba dos atuais R$ 880 para R$ 946 a partir de janeiro de 2017, com pagamento em fevereiro do próximo ano.
O percentual de correção do salário mínimo, pela proposta, será de 7,5%.
A informação consta na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) divulgada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O documento vai ser enviado ao Congresso Nacional nesta sexta-feira (15).
Para 2018 e 2019, respectivamente, o governo estimou que o salário minímo seja de R$ 1.002 e  de R$ 1.067, levando em consideração o sistema de correção que está em vigor.
Formato de correção
Hoje, para chegar ao percentual de correção do salário mínimo, soma-se a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano ano anterior, calculado pelo IBGE, e o resultado do PIB de dois anos antes. O objetivo é proporcionar ganhos reais – acima da inflação – aos assalariados, mas somente se o PIB tiver crescimento.

Essa fórmula tinha validade até o ano passado, mas o governo enviou uma Medida Provisória ao Congresso - depois aprovada - estendendo este formato de correção até 2019.
Valor ainda pode mudar
Esse valor proposto para o salário mínimo em 2017 pelo governo federal, entretanto, ainda pode ser alterado no futuro, com base nos parâmetros estabelecidos para sua correção (crescimento do PIB do ano de 2015 e da inflação, medida pelo INPC, deste ano).

No ano passado, o PIB teve forte contração de 3,8% (a maior em 25 anos) e, para a inflação medida pelo INPC, a última previsão do mercado financeiro, feita na semana passada, é de uma alta de 7,27%.
Fonte: G1

14 de abril de 2016

Conta de água fica 13,9% mais cara a partir de junho

A partir de junho, os mineiros receberão em casa uma conta de água 13,9% mais cara. O reajuste já começa a incidir no consumo de maio, mas só será cobrado no mês seguinte. O índice ficou acima dos 10,18% inicialmente projetados pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG), mas ficou abaixo da alta de 15,04% do ano passado.
O diretor geral da Arsae, Gustavo Cardoso, explica que a diferença aconteceu porque a companhia do Paraná apresentou divergências e foi preciso desconsiderá-la da mediana de eficiência que baliza os cálculos. Também porque a agência acatou um pedido da Copasa de parcelar débitos referentes à tarifa social, que a empresa precisa devolver. “Dos 13,9%, 8,5% são referentes às perdas inflacionárias e os 5,4% restantes dizem respeito à revisão tarifária, que considerou as perdas de mercado da Copasa.”
A revisão acontece de quatro em quatro anos. O objetivo é avaliar se os serviços estão sendo devidamente remunerados, de acordo com a qualidade e condições de mercado, e recalcular a tarifa, para reequilibrar a receita. 
Se não fosse a revisão, o reajuste de 2016 teria ficado quase metade do de 2015. “No ano passado, além da inflação, a energia teve um aumento brutal e trouxe um impacto muito forte. Neste ano, a tendência é de normalização desses custos”, afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da Copasa, Edson Monteiro.
No ano que vem, a Copasa terá uma segunda etapa da revisão tarifária. “Vamos considerar o impacto a base dos ativos da Copasa e como as tarifas estão remunerando esse capital”, diz Cardoso.
Além do aumento extra, a revisão tarifária trouxe outra novidade para os 4 milhões de clientes. A partir de maio, a cobrança será feita de acordo com o volume consumido. Hoje, existe um consumo mínimo de 6.000 litros por mês. Mesmo quem consome menos, paga pelo valor total. Agora foi criada uma tarifa fixa, para cobrir os custos operacionais do serviço, mas depois de 5.000 litros, o cliente só vai pagar por aquilo que consumir. E quem consome 2.000 litros, por exemplo, terá redução. “Hoje, quem gasta menos do que o mínimo não tem estímulo para economizar”, afirma o diretor da Arsae.
“Vai ser como uma bandeirada de táxi, o consumidor paga um valor fixo e depois paga exatamente pelo o que usou. É mais justo”, ressalta Monteiro.
Fonte: O Tempo

Pesquisa mostra cautela do brasileiro na tomada de crédito

A maioria dos consumidores brasileiros está cautelosa com operações que podem resultar em endividamento, revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14) pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), feita em conjunto com a TNS Brasil, empresa global de pesquisa de mercado.
O levantamento, o quinto do gênero, reúne informações coletadas em entrevistas com mil pessoas com idade entre 18 e 65 anos, de todas as regiões do país, no período de 18 a 22 de março. Mais da metade dos entrevistados, 52%, são mulheres e 48%, homens. Na sondagem, 82% das pessoas ouvidas disseram que não pretendem tomar crédito e 18% que têm intenção de contrair algum tipo de financiamento.
Essa proporção mostra estabilidade em relação à ultima pesquisa, feita em outubro do ano passado. No entanto, ao responder sobre quatro tipos de financiamento – imobiliário, consignado, automotivo e crédito direto ao consumidor (CDC), os entrevistados indicaram mudanças. Aumentou o número dos que têm planos de financiar um imóvel, de 33% para 43%.
Quanto ao consignado, 33% disseram que iriam recorrer a essa modalidade, mesmo percentual da apuração anterior. A intenção de tomar crédito para compra de veículo caiu de 36% para 33%. Também caiu a parcela dos que planejam conseguir recursos por meio do CDC, de 32% para 24%.
Em outro quesito do questionário em que o objetivo foi levantar se o entrevistado tem dívidas, 69% responderam que sim, taxa maior do que a apurada na sondagem do ano passado, 66%. Quanto ao tipo de dívidas, diminuiu a parcela dos que devem ao cartão de crédito, de 73% para 70%. Também houve redução da parcela com débitos por meio de carnês (de 31% para 30%); no caso dos financiamentos de carro (de 21% para 19%) e de leasing (de 4% para 3%).
Em sentido contrário, subiu o total dos entrevistados com operações de CDC em andamento, de 14% para 15%. Aumentou também o percentual dos que citaram outros tipos de dívidas (de 17% para 19%).
Na enquete sobre a percepção em torno da segurança no emprego nos próximos meses, não houve alteração sobre o comportamento registrado em outubro de 2015. Permaneceu em 36% o total do grupo dos otimistas, que acreditam que continuarão ocupando o atual posto, assim como a parcela dos que temem perder a vaga.
A pesquisa também apurou que 36% estavam desempregados, mesmo percentual da última sondagem. Paralelamente, diminuiu de 86% para 84% o grupo que prevê aumento no desemprego e passou de 16% para 14%, o total dos que esperam o contrário disso.
A sondagem mostra ainda uma gradativa elevação no sentimento de piora quanto à situação do país. Na primeira pesquisa, em 2014, 12% classificaram a situação do país como ruim ou péssima, taxa que subiu para 29%, em abril do ano passado; 31% em julho; 39% em outubro e 46% em março deste ano. Entre os que consideram a situação ótima ou boa, o índice caiu de 17%, em 2014 para 7% em abril de 2015; caiu para 4%, em julho do ano passado; permaneceu estável em 4% em outubro e voltou a declinar para 3% em março deste ano. A parcela que considera a situação regular passou de 44%, em 2014 para 37%, em 2016.
Crise política
Para a diretora de Desenvolvimento de Negócios da TNS, Elizabeth Salmeirão, o resultado da pesquisa reflete um comportamento de incerteza provocada pela instabilidade política do país. “Uma vez que há incerteza, as decisões são postergadas”, disse Elizabeth. Falta à população confiança na condução da política econômica e existe temor quanto à manutenção dos empregos.
O presidente da Acrefi, Érico Ferreira, destacou que não existe previsibilidade no país. Isso, para Ferreira, é fruto do atual cenário em torno do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em curso na Câmara dos Deputados.
Ele observou que, mesmo que ocorra o afastamento da presidenta, as dúvidas ainda persistirão, devido aos questionamentos que poderiam ser feitos aos sucessores, o vice-presidente Michel Temer, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha PMDB-RJ), ambos sujeitos a responder a processos de impedimentos nos cargos.
Ferreira reconhece que a prudência do consumidor em adiar decisões tem um lado positivo no sentido pessoal, mas ressalta que a falta de consumo “tem um efeito péssimo para a economia”. Segundo Ferreira, o grande problema é o desemprego e a falta de confiança por causa do atual quadro político.
Também presente ao anúncio dos resultados da pesquisa, o presidente da TNS, James Conrad, informou que em contatos com dirigentes de empresas multinacionais, pôde notar que eles esperam por mudanças com melhoria dos resultados econômicos a partir de 2018.
Conrad destacou que, em momentos de crise, também são criadas oportunidades de investimentos, como mostram experiências no Brasil, nos Estados Unidos e no Canadá e em países europeus. Ele estima que, atualmente, cerca de 20% das companhias demonstram crescimento das atividades.
Fonte: O Tempo

13 de abril de 2016

IBGE diz que volume de serviços cai 4%

O volume de serviços no país teve uma queda de 4% em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços acumulam queda de 4,5% no ano e de 3,7% no período de 12 meses.
Já a receita nominal dos serviços apresentou altas de 1,9% na comparação entre fevereiro deste ano com o fevereiro de 2015, de 0,9% no acumulado do ano e de 1,2% no acumulado de 12 meses. A receita nominal não reajusta os valores de acordo com a inflação.
A queda de 4% do volume de serviços em fevereiro último foi percebida em cinco dos seis segmentos avaliados pela pesquisa do IBGE. Os maiores recuos foram observados em outros serviços (-6,1%) e serviços de informação e comunicação (-5,3%).
Também tiveram quedas os segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares (-4,3%), transportes, serviços auxiliares de transporte e correios (-2%) e serviços prestados às famílias (-1,4%). A única alta foi registrada no agregado especial de atividades turísticas, com crescimento de 1,3%.
Fonte: O Tempo

12 de abril de 2016

Idosos com mais de 70 anos podem a sacar R$ 7,5 bilhões do PIS/Pasep

Cerca de 4,6 milhões de idosos com mais de 70 anos que contribuíram para os fundos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) têm direito a sacar cotas dos fundos. No total, R$ 7,5 bilhões estão disponíveis. O dinheiro pode ser retirado por trabalhadores que contribuíram com os fundos antes da Constituição de 1988.
Desse total, R$ 2,4 bilhões estão parados no Banco do Brasil, que administra o Pasep, formado pelas contribuições de servidores públicos. Responsável pelo PIS, formado pelas contribuições de trabalhadores da iniciativa privada e de empresas estatais, a Caixa Econômica Federal não divulgou o valor, mas relatório do Tesouro Nacional divulgado em setembro do ano passado estima que R$ 5,1 bilhões estejam parados no banco.
Em relação ao número de beneficiários que podem sacar os recursos, a Caixa divulgou que 3,79 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 70 anos têm direto a receber cotas do PIS. No Banco do Brasil, 860 mil participantes estão habilitados a sacar as cotas do Pasep.

O valor do benefício depende da contribuição de cada trabalhador. De acordo com o relatório do Tesouro Nacional, o saldo médio das contas corresponde a R$ 1.135. Alguns trabalhadores têm mais de uma conta no PIS/Pasep.
De acordo com levantamento divulgado em fevereiro pela Controladoria-Geral da União (CGU), existem cerca de 31 milhões de contas nos fundos do PIS/Pasep. Atualmente, o volume depositado está em R$ 34,7 bilhões. No entanto, só tem direito a sacar o benefício quem tem pelo menos 70 anos.
Até 4 de outubro de 1988, cada trabalhador tinha uma ou mais contas no PIS/Pasep e recebia o valor conforme as cotas de contribuição. A partir da Constituição de 1988, a arrecadação do PIS/Pasep deixou de ir para as contas individuais. Dois quintos da receita dos tributos passaram a financiar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e três quintos passaram a ir para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o abono salarial, o seguro-desemprego e financia cursos de capacitação profissional.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador que contribuiu até 1988 deve procurar uma agência do Banco do Brasil, no caso da contribuição ao Pasep, ou da Caixa Econômica Federal, no caso da contribuição ao PIS. No caso de falecimento do trabalhador, a solicitação pode ser feita por um herdeiro direto.

Fonte: O Tempo

Comércio tem maior alta para fevereiro desde 2010, diz IBGE

As vendas do comércio varejista brasileiro registraram alta de 1,2% em fevereiro na comparação com o mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o mês, essa é a maior taxa desde 2010, quando chegou a 2,7%. Considerando todos os meses, o avanço é o mais intenso desde julho de 2013. Naquele período, o crescimento havia sido de 3%.
Apesar da alta em fevereiro, no ano, o varejo acumula perdas de 7,6% e nos últimos 12 meses, de 5,3%.
“O resultado não está concentrado em uma atividade. Quatro atividades mantém um resultado positivo. Móveis, hipermercados e combustível foram os que mais impactaram o resultado do mês. Lembrando que vinha de perda intensa do passado e no mês de fevereiro reverte esse resultado, mas não compensa a perda do passado. Portanto, embora tenham contribuído, não mudam a trajetória descendente”, analisou Isabella Nunes, gerente de serviços e comércio do IBGE
Ao contrário do que vinha sendo observado nos últimos meses, em fevereiro cresceram as vendas de móveis e eletrodomésticos (5%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%).
Também aumentaram as vendas o ramo de combustíveis e lubrificantes (0,6%), além de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%).
Na contramão, venderem menos os segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-2,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,4); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%).
“Portanto, embora tenham contribuído, não mudam a trajetória descendente. É um resultado importante e positivo, mas ainda não muda no curto prazo o movimento do comércio varejista. Atenua, mas ainda é insuficiente para reverter alguma coisa”, concluiu.
No caso do varejo ampliado, que considera as vendas de automóveis e de material de construção, o crescimento de 1,8% foi puxado por  veículos e motos, partes e peças (3,8%) e material de construção (3,3%).
Isabela Nunes ressaltou que fevereiro de 2016 teve um dia útil a mais do que em 2015, por ser um ano bissexto, o que impacta positivamente o resultado do comércio no mês. No entanto, de acordo com ela, o varejo está 9,8% abaixo do ponto mais alto, que ocorreu em novembro de 2014.
Um ano atrás
Frente a fevereiro do ano passado, o comércio registrou queda de 4,2% - a 11ª taxa negativa consecutiva nessa base de comparação - sob influência das vendas mais fracas de móveis e eletrodomésticos (-10,9%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%). O único aumento partiu de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, cujas vendas cresceram 6,2%.

“Ou seja, o resultado de fevereiro contra fevereiro do ano passado é o pior resultado de fevereiro [da série histórica, iniciada em 2002] quando você isola todos os fevereiros porque tem conjuntura que avançou negativamente: mercado de trabalho está mais negativo, inflação está mais elevada, você tem queda da massa real de salários”.
Por região
De janeiro para fevereiro, o volume de vendas do comércio varejista cresceu em 17 das 27 unidades da federação, com destaque para Tocantins (3,3%), Paraná (3,2%), Espírito Santo (2,8%), Minas Gerais (2,5%), Rio de Janeiro (2,2%), Amazonas (2,1%), Amapá (1,4%) e São Paulo (1,4%).

Na contramão, caíram as vendas do comércio de Sergipe (-3,7%), Mato Grosso (-1,8%) e Rio Grande do Norte (-1,7%).
Fonte: G1

8 de abril de 2016

Contribuinte com CPF pendente não terá mais conta bancária encerrada

Os cidadãos que estiverem com o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) pendente de regularização não terão mais a conta bancária encerrada pela instituição financeira. O 'Diário Oficial da União' traz uma circular do Banco Central (BC) que modifica as regras para o encerramento de contas.
Anteriormente, quando o banco era informado pela Receita Federal sobre a pendência no CPF, tinha prazo de 30 dias para encerrar a conta. O CPF fica pendente de regularização quando o contribuinte deixa de entregar alguma Declaração do Imposto Renda da Pessoa Física (DIRPF) dos últimos cinco anos.
Nas situações de CPF suspenso, cancelado ou nulo, o banco deve encerrar a conta em um prazo de 90 dias e não mais 30 dias. O CPF é suspenso quando o cadastro do contribuinte está incorreto ou incompleto. O cancelamento ocorre quando há multiplicidade, em virtude de decisão administrativa ou judicial ou por falecimento do contribuinte. O CPF é classificado como nulo quando é constatada fraude na inscrição.
Segundo o BC, as mudanças nas regras são resultado de sugestão do Ministério Público, aceita pela autoridade monetária.
Fonte: O Tempo