13 de junho de 2016

Vendas do Dia dos Namorados têm pior desempenho desde 2006

As vendas na semana dos Dia dos Namorados, entre 6 a 12 de junho, caíram 9,5%, comparado com o
mesmo período de 2015, de acordo com a Serasa Experian. Esse é o pior desempenho desde a criação do indicador que mede a atividade do comércio, em 2006.

No final de semana da data, de 10 a 12 de junho, a queda foi ainda maior, registrando baixa de 10,7% nas vendas em todo país, na comparação com o final de semana equivalente ao do ano anterior.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o crédito mais escasso e mais caro, a queda do poder de compra dos brasileiros, tendo em vista a escalada do desemprego, e a inflação ainda em patamar elevado, afetaram negativamente o movimento varejista no Dia dos Namorados deste ano.
Fonte: G1

Sem saída, classe média troca escola e encara o SUS

O aumento de despesas típicas da classe média em níveis superiores à inflação somado ao crescimento dos índices de desemprego estão levando milhares de pessoas a abandonarem os serviços privados de saúde e educação e migrarem de volta para os serviços públicos em Belo Horizonte. 
No acumulado de janeiro de 2012 a maio de 2016, as mensalidades escolares do ensino infantil subiram 91%. No mesmo período, a elevação da inflação foi de 41,7%, conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). A consequência, segundo especialistas, é o êxodo de famílias de volta aos serviços gratuitos. 

No caso dos planos de saúde, a alta foi de 36,28% no mesmo período. Um percentual menor que a inflação, mas que não impediu o abandono dos serviços privados de saúde. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que, em Minas, o número de usuários de planos de saúde teve uma redução de 215.223 pessoas entre março de 2015 e março de 2016. 

A cineasta Carem Abreu precisou deixar o plano de saúde depois de 11 anos utilizando o serviço privado. “O modelo de negócios do setor audiovisual é todo baseado em leis de incentivo. Este ano recebi apenas em junho repasses que deveriam ter sido feitos em março. Isso me levou a abandonar o plano de saúde e acabei descobrindo que o atendimento público em Belo Horizonte tem sido melhor do que o particular”, relata.

O luthier Paulo Penteado também foi obrigado a rever os gastos com o plano de saúde que pagava para a família de quatro pessoas. 

“Eu pagava um plano que estava passando dos R$ 800 por mês e acabou ficando inviável. Estou em fase de troca e agora devo adotar um plano familiar que custa um pouco mais de R$ 600. Continua não sendo barato, mas se adequa a meu orçamento”, explica Penteado.

Educação

O mesmo movimento foi observado nas escolas particulares, que tiveram uma diminuição de 7% no número de alunos no último ano. O percentual equivale a cerca de 80 mil estudantes migrando para o ensino público, segundo o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Emiro Barbini.

“Tivemos um aumento recente de impostos, como o ISSQN, em cerca de 50%. Sem falar no aumento do preço da água, luz, transporte e produtos de limpeza. Tudo que a escola usa aumentou. Na educação infantil, há um agravante porque temos que funcionar com um número reduzido de alunos pois, quanto menor a idade, maior a atenção demandada”, justifica Barbini.

Para o presidente, a impossibilidade de manter o reajuste das mensalidades abaixo da inflação tem custado caro às escolas particulares no Estado. 
“Temos uma inadim-plência cada vez mais alta e uma migração para as escolas públicas que seriam impedidas se tivéssemos uma saúde financeira melhor”, destaca.

Queda da demanda por serviços é recorrente durante crises
A debandada de usuários de planos de saúde rumo ao SUS, bem como a de estudantes deixando as escolas particulares e indo para escolas públicas já aconteceu em outras crises, segundo o professor de economia da UFMG Cláudio Gontijo.

Ele explica que no início da década de 1980, quando a economia brasileira viveu um período de recessão, o mesmo movimento foi observado. “A tendência agora é que o problema seja mais acentuado. Os Estados e municípios estão com a corda no pescoço devido à queda nas transferências de recursos da União, queda de arrecadação e a mordaça da lei de responsabilidade”, observa o professor.

Com a implantação do programa do governo interino de Michel Temer, avalia Gontijo, medidas em prol do ajuste fiscal, como a reforma previdenciária, podem tornar a situação da saúde pública ainda mais delicada. “Com a possível desindexação entre o piso dos aposentados e o salário mínimo , a demanda pelos serviços públicos de saúde pode crescer ainda mais”. 

Fonte: Hoje em dia

Reajuste de planos de saúde individuais supera inflação

Em meio ao aumento do desemprego e elevação do custo de vida, os gastos com saúde estão fazendo peso extra no orçamento do brasileiro. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou, na semana passada, um reajuste de até 13,57% nos planos de saúde individuais, a oitava alta seguida acima da inflação. Paralelamente, os remédios subiram 9,55% nos últimos dois meses, resultado do reajuste autorizado de até 12,5% em vigor desde abril.
"Os preços dos planos de saúde estão subindo acima do custo de vida do consumidor. Isso mostra que é necessário que a ANS passe a regular todos os tipos e não só os individuais", opina Joana Cruz, pesquisadora em saúde suplementar do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Apesar das queixas dos órgãos de defesa do consumidor, o reajuste está dentro das normas. A ANS determina teto para o reajuste dos planos individuais com base na média das altas aplicadas nos coletivos, que têm livre negociação de preço.
Qualquer que seja o tipo do plano, a escalada do custo de vida está forçando os brasileiros a rever os gastos nessa área. Em um ano, do primeiro trimestre de 2015 ao mesmo período deste ano, 1,3 milhão de consumidores abandonaram a saúde suplementar.
Dois terços (ou 887 mil) eram clientes de planos empresariais, uma indicação de que o aumento dos custos penaliza principalmente os desempregados. Os planos individuais ou familiares também encolheram: 224 mil saíram de circulação, ou quase 17% dos cancelamentos.
"A precificação dos planos de saúde deveria ser melhor. Um cliente com histórico saudável e que faz exercícios físicos, por exemplo, poderia pagar menos pelos planos de saúde", afirma Renata Vilhena Silva, especializada em direito à saúde do escritório Vilhena Silva.
Na família da empresária Henriette Ferrer Alves, 48 anos, moradora da zona leste de São Paulo, o custo mensal de R$ 2,1 mil para os planos de saúde dela, do marido e dos três filhos não cabia mais nas contas. Por isso, eles não contam mais com plano de saúde há oito meses.
Dona de uma empresa que compra e revende material reciclável, Henriette viu seu faturamento cair 60% no ano passado. "Em 30 anos nunca passamos por isso", conta. Com dois filhos (de 18 e 25 anos) estudando em faculdades particulares e mais uma filha de 8 anos em uma escola particular, a prioridade foi a educação.
O relações públicas Leonardo Vinhas, 37 anos, abriu mão de seu plano no início de 2015. Demitido em 2013, ele teve o direito de permanecer no plano pagando o mesmo valor - R$ 380. Por determinação da ANS, quem é demitido pode manter o plano por mais dois anos. "Desde o início do ano passado estou vivendo como freelancer. As contas não fecham", diz.
A decisão de deixar o plano não foi trivial. Vinhas tem catarata de nascença, agravada por um forte astigmatismo. No segundo semestre do ano passado, sua visão começou a piorar. Os médicos indicaram a realização de uma cirurgia, ao custo de R$ 16 mil. Receoso sobre a qualidade do SUS, ele considera duas opções: poupar o máximo para pagar a cirurgia ou contratar um novo plano
Se a decisão de Vinhas for a segunda alternativa, novos obstáculos podem estar à frente. Uma pesquisa do Idec mostrou que, no ano passado, metade dos planos individuais anunciados pelas operadoras de saúde e registrados na ANS não estava disponível para venda.
"As regras estabelecidas pela ANS tornaram esse produto pouco interessante às empresas e a oferta desapareceu", diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), ligado às operadoras.
Nos cálculos da entidade, os reajustes não compensam a escalada de custos do setor. Em 2015, o índice de custos médico-hospitalares subiu 19,3%, ante uma inflação de 10,67%.
Fonte: O Tempo

9 de junho de 2016

Comissão aprova regulamentação do direito a férias para aposentados por invalidez

Os empregados aposentados por invalidez poderão ter direito de receber pelas férias não gozadas. A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta quarta-feira (8), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 184/2015 com essa medida. A proposta segue agora para a análise do Plenário.
A proposta obriga o empregador a pagar os dias de férias não gozados no momento de início da licença e, também, a gratificação de um terço. O pagamento deve ser feito no prazo de dez dias a partir da data da aposentadoria. Ele argumentou que o aposentado por invalidez não tem o contrato de trabalho rescindido, apenas suspenso, o que não lhe dá direito à indenização pelas férias não gozadas, de acordo com as regras atuais da Consolidação das Leis do Trabalho (art. 475 da CLT).
A relatora da proposta na CAS, senadora Fátima Bezerra (PT-RN), lembra que, nesse caso, o trabalhador só poderá usufruir as férias se retornar ao emprego, o que não tem prazo definido para ocorrer, e pode até não acontecer se a aposentadoria se tornar irreversível. Para garantir o direito ao pagamento das férias e do terço constitucional, a relatora defendeu a aprovação do projeto.
- Como não há um prazo estabelecido para esse retorno, o empregado não as usufrui e tampouco é indenizado, correndo o risco, inclusive, de perdê-las em decorrência da prescrição do direito - analisa a senadora.
A proposta também estabelece que, se o funcionário se recuperar e voltar ao trabalho, começará a contagem de um novo período para o direito a férias. Isso, segundo Fátima Bezerra, dá segurança jurídica ao empregador.
Fonte: Agência Senado

7 de junho de 2016

2 milhões de brasileiros ainda não sacaram o abono salarial de 2015

Dois milhões de trabalhadores brasileiros ainda não sacaram o abono salarial PIS/Pasep referente ao ano de 2015, segundo informou nesta terça-feira (7) o Ministério do TRabalho. O prazo para retirar o dinheiro se encerra no próximo dia 30 de junho.
O abono salarial é um benefício dado a quem trabalhou por pelo menos 30 dias no ano-base , recebendo por mês até dois salários mínimos. Para estar apto a sacar o abono, também é preciso contabilizar cinco anos de cadastro no Programa de Integração Social (PIS) e possuir dados informados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
O abono salarial é uma espécie de 14º salário para uma faixa específica de trabalhadores. p benefício equivale ao valor de um salário mínimo, vigente na data de pagamento (R$ 880) e pode ser retirado nas agências da Caixa e Banco do Brasil. Os benefícios que ainda não foram sacados somam R$ 1,7 bilhão.
Em todo o Brasil, 23,6 milhões de trabalhadores têm direito a receber o abono. Desse total, 21,5 milhões já fizeram os saques, segundo o governo. Os dois milhões que ainda não acessaram o recurso representam 8,7% dos trabalhadores beneficiados.
Maioria em SP, MG e RJ 
O estado com o maior número de trabalhadores que não sacaram o abono é São Paulo, onde 684.937 pessoas ainda não resgataram o benefício, seguido de Minas Gerais (197.428) e Rio de Janeiro (180.639).

O Ministério do Trabalho informou que está enviando correspondências no endereço de domicílio dos trabalhadores que podem sacar o benefício.
Como sacar o PIS/Pasep
O PIS destinado aos funcionários de empresas privadas regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o PASEP é destinado aos servidores públicos. Os recursos que não são sacados retornam para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Antes de sacar o PIS, o trabalhador deverá verificar se o benefício não foi depositado diretamente na conta. Caso contrário, deve comparecer com o Cartão do Cidadão e senha cadastrada nos terminais de autoatendimento da Caixa ou em uma Casa Lotérica. Se não tiver o Cartão do Cidadão, o beneficiado pode receber o abono em qualquer agência da Caixa mediante apresentação de um documento de identificação. 

Já os participantes do Pasep (Banco do Brasil), após verificar se houve depósito na conta, devem procurar uma agência e apresentar um documento de identificação. 

As informações sobre o direito ao saque também podem ser obtidas pela Central de Atendimento Alô Trabalho – 158; pelo 0800-7260207, da Caixa; e pelo 0800-7290001, do Banco do Brasil.

Fonte: G1

Quatro de 10 pedidos de seguro-desemprego ficam na 'malha fina'


Praticamente dobrou o número de pessoas que enfrentam dificuldades na liberação do seguro-desemprego em São Paulo. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), órgão que recebe pedidos pelo benefício federal no Estado, aponta que cerca de quatro em cada 10 solicitações (38% dos casos) ficaram presas na "malha fina" do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre janeiro e maio de 2016.

O número é o dobro do que se contabilizou em igual período do ano passado, quando 21% das requisições seguiram para análise em Brasília.

A situação tem se intensificado desde o dia 20 de abril, com a inauguração de uma nova versão do sistema antifraudes para a liberação do benefício, batizado de Mais Empregos. A nova tecnologia passou a cruzar as informações dos segurados e das empresas com os bancos de dados da Receita Federal e da Caixa Econômica Federal (CEF).

Na prática, o efeito imediato é que, para algumas pessoas, o tempo para a obtenção do seguro, que normalmente leva 30 dias depois de protocolado o pedido, saltou para 120 dias. Acrescidos os trâmites iniciais, a ida e vinda de recursos e os prazos de agendamento nos departamentos públicos, esse prazo pode se estender por até oito meses desde a baixa na carteira de trabalho, segundo conta o supervisor-geral do seguro-desemprego da Sert, Miguel Sanches. "Essa é uma realidade nova que o segurado enfrenta", conta Sanches. "É muito tempo para quem está desempregado."

Alternativas

A analista de recursos humanos Regina Nonato foi demitida no dia 25 de abril, entrou com o pedido para o seguro na sexta-feira passada, e descobriu que precisaria reagendar um novo atendimento no MTE. Segundo ela, o atendente da Sert avisou que o prazo para agendamento em São Paulo era dezembro. Mas que, em São Carlos, poderia conseguir em 30 dias. Ela pensa em seguir o conselho. "Acho que vou para o interior. Moro perto da Raposo Tavares. Vale qualquer coisa. Se eu não arrumar outro emprego, como eu vou viver até dezembro?"

Outra que tem plano de pegar a estrada e procurar postos do MTE fora da capital é Renata Sousa. Sem emprego desde o dia 27 de abril, ela conta que tentou protocolar uma solicitação por três dias, até que descobriu que seu processo foi bloqueado. "Eu recebi uma carta escrita assim: 'vínculo não encontrado ou divergente'. Ninguém me explicou o motivo", afirma ela, que buscava informações na agência do MTE no centro de São Paulo. "Eles não deixam entrar. Dizem que tem de agendar pela internet. É muito descaso com a gente."

Na porta da agência, Renata é acompanhada a distância por quatro seguranças, que olham tudo e ficam posicionados em frente à porta de entrada. Quem tenta entrar sem atendimento agendado para o dia, é barrado. "Minha ordem é não deixar ninguém passar da porta de entrada", diz um segurança. Questionado se não era possível acessar o balcão de informações localizado a cerca de cinco metros da porta, já do lado de dentro da agência, ele dizia que não porque já teve muita "confusão". "O cidadão vinha e ficava nervoso. Nesta semana, a gente precisou recorre à viatura (da PM) um monte de vezes."

Na agência do Poupatempo da Sé, no centro de São Paulo, que recebe em média 400 solicitações de seguro-desemprego por dia, o atendente Marvon Santos Junior diz que pelo menos a metade dos pedidos fica travada no sistema. "A gente encaminha para o ministério (do Trabalho) umas 200 pessoas por dia", conta ele, que trabalha há três anos no mesmo local e conta que a situação é nova. "Além disso, o sistema cai o tempo inteiro. Às vezes, fica horas fora do ar", diz Santos.

Geraldina Moraes, operadora de caixa de supermercados, conta que foi difícil encontrar um posto com sistema em operação. "Eu fui no da zona norte, no Tucuruvi, e estava tudo parado. Daí eu fui até a Rua Voluntários da Pátria e também estavam sem sistema", diz ela, sem emprego há um mês.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Trabalho afirma que vai reprocessar todos os requerimentos de seguro-desemprego protocolados desde 20 de abril, quando passou a trabalhar com a nova versão do sistema Mais Empregos. Em nota, diz que "o objetivo é reduzir o número de requerimentos bloqueados, que exigiriam análise posterior. Em alguns casos, os trabalhadores serão dispensados de solicitar abertura de processos administrativos, agilizando a reanálise e o pagamento do benefício". 


Fonte: Hoje em Dia com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Empregadores domésticos têm até esta terça para pagar guia do eSocial

O prazo para os empregadores domésticos pagarem o Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) referente a maio termina nesta terça-feira (7). O Simples Doméstico reúne em uma única guia as contribuições fiscais, trabalhistas e previdenciárias que devem ser recolhidas.
Para a emissão da guia unificada, o empregador deve acessar a página do eSocial na internet . Se não for recolhido no prazo, o empregador paga multa de 0,33% ao dia, limitada a 20% do total.
No último balanço da Receita Federal, 1.045.205 empregadores domésticos haviam emitido o Documento de Arrecadação eSocial (DAE) para pagamento do Simples Doméstico até as 17h de ontem (6). Desde a adoção do programa, foram cadastrados mais de 1,25 milhão de trabalhadores domésticos para mais de 1,18 milhão de empregadores – alguns empregadores contratam mais de um empregado.
No eSocial, o empregador recolhe, em documento único, a contribuição previdenciária, que varia de 8% a 11% da remuneração do trabalhador e paga 8% de contribuição patronal para a Previdência. A guia inclui 8% de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 0,8% de seguro contra acidentes de trabalho e 3,2% de indenização compensatória (multa do FGTS) e Imposto de Renda para quem recebe acima da faixa de isenção (R$ 1.903,98).
Fonte: O Tempo

6 de junho de 2016

Renegociação tem 2ª maior taxa de calote

Negociar com a instituição financeira pode não ser o ponto final da inadimplência. Dados do Banco Central mostram que os calotes na renegociação de dívida chegam a 17,7%, o segunda maior entre as pessoas físicas, atrás apenas para o rotativo do cartão de crédito.
Para os especialistas, esse resultado é fruto das mesmas falhas que levaram o consumidor a se tornar inadimplente pela primeira vez, como uma avaliação de crédito insuficiente.
"Um erro muito comum é o consumidor topar a renegociação sem saber se conseguirá pagar as parcelas", afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Ela recomenda que, antes de negociar, o consumidor estude o seu orçamento e veja onde é possível cortar gastos.
Na tentativa de enxugar a planilha do orçamento, vale manter apenas o estritamente necessário, diz Diógenes Donizete, coordenador do Núcleo de Apoio ao Superendividado do Procon-SP. Só assim será possível saber o valor que sobra no fim do mês para o pagamento de uma renegociação.
Ione Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), aponta que a saída é barganhar nos custos que às vezes passam batido e encarecem os empréstimos e financiamentos.
"Dificilmente a instituição financeira vai querer diminuir a taxa de juros. Então é recomendável pedir o descontos de serviços, como taxas administrativas e seguros", afirma.
"Um inadimplente de hoje começou lá atrás na tomada do crédito", avalia Hilgo Gonçalves, presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).
Gonçalves acredita que é responsabilidade das duas partes melhorar a maneira de encarar a contratação do crédito. Para ele, o consumidor precisa fazer a lição de casa para só se comprometer com o que estiver dentro de suas condições financeiras. Já a instituição financeira deve se esforçar para entender como estão as finanças do tomador e fazer uma avaliação de crédito adequada.
Prevenção
Em busca de melhores condições na hora de renegociar, o consumidor deve procurar a instituição financeira assim que perceber que não conseguirá honrar os pagamentos.
"Quando acontece um imprevisto, como desemprego ou óbito de um membro da família, o conselho é procurar o agente financeiro o mais rápido possível e ser transparente", afirma Gonçalves.
Marcela, do SPC Brasil, ressalta que o histórico do consumidor conta muito no momento da renegociação e pode ajudar a criar um clima de "boa vontade" dos credores.
"Existe um mito de que, às vezes, é melhor esperar a dívida aumentar mais para tentar conseguir um bom desconto do banco. Mas, embora isso ocorra em diversas ocasiões, a empresa não é obrigada por lei a abater parte dos débitos", afirma Marcela.

Custo da cesta básica em maio sobe em 17 capitais do país

O custo da cesta básica, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subiu em 17 capitais durante o mês de maio, na comparação com o mês anterior. Em outras 10 capitais, os preços apresentaram queda.
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos aponta como principal destaque de alta, na margem, as cidades de Porto Alegre (+3,87%), Curitiba (+3,46%) e Brasília (+3,25%). Já as maiores quedas foram registradas em Florianópolis (-4,09%), Fortaleza (-2,60%) e Rio Branco (-2,49%). Em São Paulo, houve alta de 1,65% e, no Rio de Janeiro, avanço de 0,47%.
Entre os principais produtos, o feijão seguiu em alta e 24 capitais mostraram taxas positivas. Devido ao período de entressafra do leite, o valor do produto aumentou em 21 cidades. Já o preço do óleo de soja diminuiu em 20 cidades. E a banana teve o valor reduzido em 19 cidades.
No acumulado de janeiro a maio, todas as cidades acumulam alta, exceto Florianópolis (-0,81%). As maiores variações foram observadas em Goiânia (+14,80%), Belém (+14,50%) e Aracaju (+12,78%).
Em termos nominais, a capital paulista tem a cesta básica mais cara (R$ 449,70), seguida de Porto Alegre (R$ 443,46) e Brasília (R$ 441,60). Os menores valores médios estão em Rio Branco (R$ 335,31), Natal (R$ 337,49) e Aracaju (R$ 344,83).
De acordo com o Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, tendo como base a premissa constitucional de que o salário deve ser suficiente para suprir as necessidades básicas da família, deveria ser de R$ 3.777,93. O montante equivale a 4,29 vezes o mínimo atual, de R$ 880,00.
Fonte: O Tempo

Inadimplência de microempreendedores chega a 59%


O aumento do desemprego incrementa o número de brasileiros que abrem seu próprio negócio. Os microempreendedores individuais (MEIs) já alcançam a marca de 6 milhões de pessoas. No entanto, segundo a Receita Federal, seis em cada dez estão inadimplentes, com o recolhimento dos impostos em atraso há mais de 90 dias.

É o caso de Lucas Gonçalves de Melo, que vende quentinhas em casa, para empresas e para operários em canteiros de obra. No ano passado, ele formalizou a Cidade Santa Marmitex e chegou a fornecer até 500 quentinhas por dia. Mas teve de mudar de cidade e o volume de pedidos diminuiu. Agora, ele está montando uma cozinha nova nos fundos de casa com a ajuda da mãe e, enquanto reestrutura o negócio, deixou de pagar o boleto mensal do MEI. "Ser patrão de você mesmo te dá uma liberdade maior, mas também aumenta a responsabilidade."

"Nossa missão é ajudar esse pequeno empresário a se regularizar para continuar trabalhando e tendo seus direitos garantidos", diz o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Segundo ele, agora, o foco do "maior programa de formalização do mundo", criado há quase sete anos, é diminuir o número de calotes, que subiu de 55,5% no fim de 2015 para 59,4% no início deste ano. Até maio, 405 mil pessoas se formalizaram como MEI.

Segundo pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o empreendedorismo por necessidade subiu de 29% para 44% de 2014 para 2015. Já o número de brasileiros que abriram uma empresa por identificar uma oportunidade - e não por necessidade - caiu em relação aos últimos anos e voltou ao patamar de 2007.

Em 2015, a taxa de empreendedorismo no País foi de 39,4% - ou seja, quatro em cada dez brasileiros adultos estão envolvidos com a criação de uma empresa - o maior índice dos últimos 14 anos e quase o dobro do registrado em 2002, quando a taxa era de 20,9%. Segundo o Sebrae, a taxa de empreendedorismo brasileira é superior a dos EUA, México, Alemanha e de países como Rússia, Índia, China e África do Sul.

São microempreendedores individuais os empresários que trabalham sozinhos ou com, no máximo, um funcionário e cuja receita anual é de até R$ 60 mil por ano. O empreendedor tem acesso ao seguro-saúde do INSS e à aposentadoria. Com a formalização, a empresa amplia o mercado porque pode emitir nota fiscal, vender para órgãos públicos e usar máquinas de pagamento por débito e crédito, por exemplo.

Para ter acesso aos benefícios previdenciários e estar regularizado, o MEI deve pagar, até o dia 20 de cada mês, o boleto mensal que varia entre R$ 45 e R$ 50, dependendo da atividade exercida. O valor corresponde a 5% do salário mínimo, destinado à Previdência Social, e R$ 1 ou R$ 5 referentes ao ICMS ou ISS. Ele também deve enviar todos os anos a declaração anual de rendimentos - o prazo se encerra no dia 31 de maio.

De acordo com as novas regras, os pequenos empresários que estiverem com contribuições mensais de 2014, 2015 e 2016 consecutivas em atraso e que não fizeram a declaração anual desses anos terão os registros cancelados no segundo semestre deste ano.

Demissões
Ao contrário das grandes empresas, o ritmo de demissões nos pequenos negócios desacelerou em abril na comparação com o mês anterior. Foram fechadas 10,5 mil vagas, quatro vezes menos do que os 46,9 mil registrados no mês de março. Na comparação com as empresas de médio e grande porte, a diferença é de mais de cinco vezes. Nas empresas maiores, a geração de empregos, em abril, ficou negativa em 54,6 mil, segundo o Sebrae. 


Fonte: Hoje em Dia e O Estado de S. Paulo.

3 de junho de 2016

Criatividade para atrair clientes

A aquisição da casa própria é, segundo pesquisas, o sonho de muitos brasileiros. Visando, além de impulsionar as vendas, realizar esse desejo, as empresas presentes na 12ª edição do Feirão Caixa trarão aos consumidores uma vasta opção de imóveis, com metragens e características diversas, muitos com ofertas e descontos chamativos e tentadores.

Reunindo imóveis para diversos gostos e bolsos, a MRV Engenharia é exemplo de empresa que oferecerá vantagens aos clientes. “Nosso foco é o atendimento ao público que ganha entre três e seis salários mínimos, mas temos opções de imóveis de até R$ 700 mil. Estamos com ofertas bem legais, inclusive, com campanha para bancar taxas como o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)”, comenta Sandro Perin, gestor executivo comercial da Regional Belo Horizonte. De acordo com ele, durante o evento, a empresa trabalhará com 2.500 unidades, além de alguns lançamentos.

Atendendo ao foco do evento, que neste ano, é a comercialização de imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida, a Construtora Tenda também oferecerá aos clientes mil unidades com esse perfil, abrangendo Belo Horizonte e região metropolitana. Ao todo, serão 15 empreendimentos, sendo 12 deles prontos para morar e três lançamentos.
“Durante o evento, os clientes que visitarem nosso stand encontrarão descontos especiais e isenção total de taxas cartorárias (registro de escritura) e do ITBI nas unidades adquiridas. Se estiverem de posse de toda a documentação, além de serem aprovados na hora, os clientes conseguirão gerar seus contratos de compra e venda e assinar toda a documentação para darem entrada no financiamento”, menciona Alexandre Millen, diretor regional da construtora em Minas.
Aqueles que passarem pelo espaço reservado para a Precon Engenharia também irão se deparar com propostas para facilitar a realização do sonho da casa própria. “Teremos condições exclusivas de pagamento: entrada parcelada em até 36 vezes; parcelas de até R$ 299; apartamentos a partir de R$ 129 mil. Enfim, teremos todas as condições para que o cliente não saia do Feirão sem fechar negócio”, menciona o diretor comercial da empresa, Felipe Bernardes, revelando que a empresa tem opções na planta com elevador, um diferencial para o público do Minha Casa, Minha Vida.
Atendimento. Participando do Feirão pela sexta vez, a AP Ponto, que apresentará seus empreendimentos localizados em Belo Horizonte e na região metropolitana, em cidades como Betim, Contagem e Vespasiano, espera movimentar cerca de R$ 12 milhões em negócios durante o evento.
Segundo o diretor da construtora, Bruno Lafetá, para atrair os clientes, aproximadamente R$ 160 mil foram investidos na montagem do stand, que contará com um espaço exclusivo e com serviços diferenciados para facilitar a compra do imóvel. “A aquisição da casa própria, muitas vezes, é um sonho. Por isso, apostamos em diferenciais para descomplicar esse desejo dos nossos clientes. O nosso stand contará com uma equipe multidisciplinar, que prestará um atendimento personalizado”, afirma Lafetá.
Fonte: O Tempo

Boas condições para comprar

“Se você tem recursos, vai aplicar isso onde?”, pergunta Daniel Furletti, economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Para ele, uma das respostas certas para essa questão é: imóveis.
Em um momento em que a economia está debilitada e há um cenário adverso, o investimento nesse tipo de produto pode ser algo viável, de acordo com ele. Isso porque, conforme o especialista ressalta, há um ambiente favorável para quem quer comprar. A oferta está alta, muitas construtoras estão aceitando contrapropostas, há boas opções no mercado, e ainda, existem os programas de financiamento.
“O imóvel se apresenta como um ativo bastante estável. É o que muitas pessoas sempre dizem: ‘quem compra terra não erra’. Hoje, o ambiente é para quem quer adquirir. Além disso, trata-se de um bem que se valoriza. Dificilmente vai haver uma desvalorização do imóvel”, ressalta o professor.
Cautela. Se, por um lado, o ambiente está propício para investimentos e é possível fazer bons negócios, por outro, é necessário estar atento na hora de realizar a compra. Conforme destaca Gustavo Cordeiro, professor do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), a compra de um imóvel passa por diversas questões e objetivos. Há aqueles, por exemplo, que optam pela compra devido ao sonho de ter a casa própria; já outros desejam investir. Cada caso precisa ser avaliado individualmente.

Há também que se pensar, de acordo com o profissional, a respeito do comprometimento que se deve ter com a compra. “Como muitas pessoas utilizam o crédito para adquirir o imóvel, é preciso que elas façam uma avaliação em médio e em longo prazo para saber se conseguirão arcar com as parcelas”, sinaliza.

Furletti orienta que é necessário planejamento e lembra que é importante adequar os valores das parcelas aos ganhos que se tem, não comprometendo, para esse tipo de investimento, mais do que 30% dos rendimentos.

Investir em imóveis pensando em ganhar dinheiro no futuro também pode ser uma opção, embora esse futuro dependa de diversas variáveis. Mesmo assim, em momentos como este, pode-se pensar em encontrar bons imóveis, comercializados a um bom preço, que poderão atingir um valor consideravelmente maior daqui a um tempo.

“O investidor pode escolher muito bem o imóvel que ele vai adquirir já focando outro momento, de retomada da economia, de estabilização, em que o nível de empregos esteja maior. Mas, claro, isso tudo com variáveis”, diz Furletti.

Monitorar o mercado é importante
Quando se trata de aplicar dinheiro em um imóvel, é importante que o comprador considere alguns aspectos antes que o investimento seja feito. Um deles, conforme destaca Daniel Furletti, economista e professor da PUC-Minas, está relacionado à valorização do bem. “É importante que o investidor observe e monitore o mercado”, diz.

Já para quem compra com o objetivo de alugar o imóvel, é importante lembrar que, no momento, a taxa de desemprego está alta. “Boa parte da população não tem como arcar com um aluguel caro”, frisa Gustavo Cordeiro, professor do UniBH.

Fonte: O Tempo

1 de junho de 2016

Resultado do PIB é sinal de recuperação econômica

O novo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ernesto Lozardo, disse nesta quarta-feira (1º) que a queda de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano já é um sinal de recuperação econômica. Para ele, apesar de não haver reversão, há sinais de estabilização neste momento de recessão. No trimestre anterior, a economia registrou retração de 1,3%. “É uma possibilidade de abertura para uma recuperação lenta do crescimento em 2017. Mas isso já em função de um novo ambiente macroeconômico que está se criando no país, tanto de reação cambial quanto em relação à questão inflacionária, e o PIB está dando seus primeiros passos de reversão.”
O PIB – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou o primeiro trimestre do ano em queda de 0,3% na série sem ajuste sazonal, somando R$ 1,47 trilhão em valores correntes. O resultado é a quinta queda consecutiva nesta base de comparação. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, o PIB fechou em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica em 1996.
Para Lozardo, a recuperação no segundo semestre será melhor. “Tudo vai ser melhor porque chegamos a uma situação tão dramática que, quando se começa a ter um pouco mais de lógica na política macroeconômica e na austeridade, e a sociedade está entendendo a necessidade do sacrifício, reverte-se. O pessimismo torna-se cada vez melhor e a confiança cresce gradualmente.”
Segundo o novo presidente do Ipea, o crescimento se dá quando se coloca uma realidade fiscal no país e não se ameaça o emprego das pessoas. “Vai ser difícil a construção, mas temos que ter um horizonte para a economia. E o horizonte é muito claro, é maior abertura econômica, maior competitividade e equilíbrio fiscal. Sem equilíbrio fiscal não dá para pensar em nada em termos de prosperidade, nada em termos de crescimento, muito menos em ter uma sociedade mais prospera e nos livrarmos da famosa armadilha de uma sociedade pobre.”
O presidente interino Michel Temer deu posse nesta sexta a Lozardo e aos presidentes da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). Em seu discurso, Temer disse que o Ipea é um “celeiro de ideias” e que Lozardo não é alguém que “produz ideias que só geram diagnósticos”, mas alguém que faz projetos “que alimentam a formulação de políticas consistentes”.
O novo presidente do Ipea disse ainda que o país começou a dar clareza das atividades fiscais, estabilidade na política monetária para, então, dar aos investidores e ao consumidor um perfil de crescimento e redução do nível de desemprego. “Estamos empenhadíssimos, não só para a ordem fiscal, receita e despesa, mas também por uma racionalidade dos gastos públicos, sem o populismo dentro do Orçamento. Nós temos que ter compromissos sociais sim, mas sem a demagogia fiscal. O equilíbrio fiscal traz ao Brasil a ordem monetária, o equilíbrio cambial e a credibilidade nacional”, argumentou.
Ponte para o futuro
Segundo Lozardo, sua missão no Ipea será a formação de uma estratégia de desenvolvimento econômico. “Estratégica com que horizonte? Para onde vamos? Como vou chegar a uma sociedade que venha a ter amanhã uma renda media de US$ 20 mil per capita? Tenho que ter uma meta e com que instrumentos vou chegar lá. Quando se fala da ponte para o futuro, a ponte é chegar a esse lugar, dobrar a renda per capita brasileira.”
A estratégia, para o presidente do Ipea, envolve investimentos. "Temos que atrair os investidores internacionais. Tudo isso dentro de uma arquitetura política estável, de uma arquitetura fiscal estável e ganhando a credibilidade da sociedade, dos trabalhadores que estavam sendo explorados para fazer o sacrifício do crescimento.”
Para Lozardo, o Brasil deve voltar a crescer de forma positiva daqui a dois anos. “Ainda temos um trabalho árduo, pela frente, de recuperação fiscal. Acho que em 2018 teremos um resultado bem mais promissor, não mais de recessão, saindo dessa recessão e caminhando para um plano de crescimento mais estável e mais seguro.”
Fonte: O Tempo

Balança comercial registra melhor mês de maio da série histórica

O dólar em alta continua a ajudar no saldo da balança comercial. Em maio deste ano, a diferença entre exportações e importações apontou superavit de US$ 6,4 bilhões, o mais alto para o mês desde o início da série histórica, em 1989.
Nos cinco primeiros meses do ano, o saldo está positivo em US$ 19,7 bilhões, outro recorde para o comércio exterior brasileiro.
Apesar de ajudar no superavit, o câmbio ainda não foi capaz de aumentar as receitas das exportações. Na comparação entre maio de 2016 e o mesmo período de 2015, a balança registra queda de 0,2%. No ano, a queda das importações é de 2,6%.
Por outro lado, o perfil da balança mostra que o empresariado brasileiro está exportando com preços mais baixos em dólar. Quando observado sob a ótica do volume exportado, há um crescimento de 15,8% no ano.
A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) destaca também o crescimento no número de empresas exportadoras. Há registro de que 1.703 companhias passaram a vender seus produtos ao exterior esse ano.
Dessa forma, o recorde do saldo é explicado pela queda acentuada das importações -resultado da atividade econômica. Na mesma base de comparação, as importações caíram 24,3%. Nesses cinco primeiros meses do ano, o tombo das importações é de 30,8%.
Fonte: O Tempo

31 de maio de 2016

Preços na indústria caem menos em abril

Os preços da indústria fecharam o mês de abril em queda de 0,35%, comparado ao mês de março. Apesar da queda, a deflação dos preços industriais foi menor que a registrada entre fevereiro e março (-1,2%).
Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transporte, que mede a evolução dos preços de produtos na porta da fábrica, portanto, sem a incidência de impostos e fretes. O indicador foi divulgado nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado de abril, o IPP fecha os primeiros quatro meses do ano com variação de –1,5%, contra –1,15% em março. Já a taxa acumulada nos últimos doze meses continua positiva: 4,66%, variação menor que os 5,26% acumuladas em março.
Os dados do IBGE indicam que entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 11 apresentaram variações positivas de preços, contra oito do mês anterior. Todas as grandes categorias econômicos, no entanto, fecharam o mês com deflação.
A maior queda entre as grandes categorias ocorreu em bens de capital cuja variação na comparação com março chegou a –1,29%; bens de consumo duráveis fechou com deflação de 0,49%; e bens intermediários em –0,11%. Neste último caso, houve queda de 0,62% em bens de consumo duráveis e -0,45% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Fonte: O Tempo