26 de novembro de 2015

Número de endividados e inadimplentes cai em novembro

O percentual de famílias endividadas e de inadimplentes caiu em novembro deste ano, na comparação com outubro do ano passado, informou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar disso, houve aumento na comparação com os dados de novembro do ano passado.
De acordo com a pesquisa, o percentual de famílias com alguma dívida ficou em 61% em novembro deste ano, abaixo dos 62,1% de outubro, mas acima dos 59,2% de novembro do ano passado. Já os inadimplentes, ou seja, os que tinham contas ou dívidas em atraso, ficaram em 22,7% neste mês, abaixo dos 23,1% do mês passado, mas acima dos 18% de novembro de 2014.
O percentual de famílias sem condições de pagar suas dívidas manteve o mesmo percentual de outubro deste ano (8,5%), superior aos 5,5% de novembro de 2014.
O uso do cartão de crédito é a principal dívida (78,4%), seguido por carnês (16,2%), financiamentos de carros (13,2%) e créditos pessoais (9,6%). As famílias com contas ou dívidas em atraso levam, em média, 61,8 dias para pagá-las.
Fonte: O Tempo

Pesquisa informa que 13º salário será para pagamento de dívidas

Nem poupança, nem compras de Natal. Para 46% dos entrevistados na pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) com pessoas que recebem 13º salário, o destino para o dinheiro extra é o pagamento de dívidas. Outros 18% pretendem fazer compras de Natal, e 14% afirmam que o valor vai para poupança ou investimentos.

Já a pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que quase um terço dos consumidores que recebem o dinheiro extra no final do ano irão economizar ou investir. Entre os que não pretendem gastar tudo no Natal, 30% têm como objetivo quitar as dívidas. A primeira parcela do 13º salário deveser paga até o próximo dia 30.

De acordo com o estudo da Fiesp, 48% responderam não haver possibilidade nenhuma de contrair dívidas, o maior número registrado desde 2009. Em 2014 a mesma afirmação foi feita por 29% dos entrevistados. Sobre o presente de Natal, 23% dos entrevistados pretendem gastar menos do que no ano passado. Em 2014 a mesma resposta foi dada por 11%.

O estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra ainda que quatro em cada dez brasileiros (43%) irão utilizar ao menos parte do 13º para a compra de presentes de Natal.

Entre os que recebem o benefício e não irão gastar tudo com as compras de Natal, 31% dos entrevistados pelo SPC pretendem destinar os recursos do 13º salário a uma poupança ou investimentos, e 24% pretendem quitar dívidas para organizar a vida financeira.

No entanto, se comparado com 2014, opção de economizar e/ou investir caiu de forma significativa (31% em 2015 ante 46% em 2014) e aumentou o percentual de pessoas que não sabem o que irão fazer com o 13º salário (16% em 2015; 5% no ano passado).

Cerca de 5% utilizarão o salário extra para quitar as dívidas também, mas apenas para que possam fazer novas compras, considerado um motivo errado pela economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

"O dinheiro do 13º deveria ser primeiramente pensado para pagar dívidas pendentes, empréstimos ou para investir. Se o consumidor tem apenas uma dívida em aberto, é mais fácil resolver o problema. Caso exista mais de uma, o ideal é escolher aquela que está atrasada ou optar pelo valor com juros mais altos como, por exemplo, cheque especial e cartão de crédito”.

Mesmo que um salário a mais no final do ano ajude bastante, 38% dos entrevistados pretendem fazer bicos ou outras atividades que possam gerar uma renda extra, para comprar mais presentes ou presentes melhores para o Natal, principalmente as mulheres e pessoas das classes C/D/E.


Fonte: G1

23 de novembro de 2015

Milhares na Marcha das Mulheres Negras

Maria Rosângela Lopes, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rita do Sapucaí/MG e secretária nacional de Assuntos Raciais da Força Sindical, representou a Central na Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e Pelo Bem Viver, realizada em na Capital federal, na manhã do último dia 18.


Iniciativa do movimento social, o evento tem a finalidade divulgar reivindicações do movimento negro e integrar as atividades da semana do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrada nacionalmente em 20 de novembro. A realização também marca a Década Internacional dos Afrodescendentes 2015-2024, instituída pela ONU.


A data foi instituída oficialmente pela Lei 12.519, de 10,/11/2011 e faz referência à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, e morto em 1695.


NA CARTA DAS MULHERES NEGRAS, DEFESA DO DIREITO AO TRABALHO E AO EMPREGO


Garantir a oportunidade e acesso a postos de trabalho e emprego, com remuneração justa e adequada, tendo como parâmetro a equidade racial, étnica, de gênero, orientação sexual, identidade de gênero, geração, deficiências, de condição física e mental para o acesso e permanência nos postos de trabalho. Deve-se também assegurar legalmente a participação em atividades comunitárias e de organização sindical; assegurar o exercício do trabalho em condições plenas de segurança, assentado na proteção à saúde dos trabalhadores e nos direitos previdenciários previstos em lei, no campo e na cidade; erradicar definitivamente o trabalho análogo ao trabalho escravo e infantil em todo território nacional, garantindo a proteção e o desenvolvimento da(o) trabalhador(a) na área rural;oferecer trabalho decente para migrantes negros oriundos de países latino-americanos e africanos; demandar ao poder público o cumprimento da Lei Complementar no 150 de 01/06/15 que dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico que garante a seguridade social e todos os direitos trabalhistas para todas as trabalhadoras domésticas; assegurar o cumprimento pleno das Convenções 100, 111 e da agenda do Trabalho Descente da Organização Internacional do Trabalho (OIT).


Fonte: Força Minas

Mercado passa a prever 'estouro' da meta de inflação também em 2016

Que a inflação deste ano vai ser alta devendo superar a barreira dos 10% não é novidade. Mas, na semana passada, os economistas dos bancos passaram a estimar que ela supere o teto da meta também no ano que vem.
Segundo o relatório de mercado, divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central, é a primeira vez que os economistas preveem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima de 6,5% – o teto do sistema de inflação – em 2016. A expectativa chegou a 6,64%, na 16ª alta seguida do indicador, que continua se distanciando da meta central de 4,5% fixada para o ano que vem. A inflação não fica oficialmente acima do teto da meta de inflação por dois anos seguidos desde 2002 e 2003.
Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Recentemente, o BC admitiu que não conseguirá trazer o IPCA para a meta central de 4,5% no próximo ano. Segundo a autoridade monetária, isso será possível somente em 2017.
Recentemente, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, informou que, apesar da desistência da autoridade monetária de trazer o IPCA para 4,5% em 2016, que ele permanecerá dentro da banda do sistema de metas, ou seja, abaixo de 6,5% no próximo ano. "[A inflação] estará contida no intervalo do regime de metas [em 2016]", disse ele na ocasião.
Inflação em 2015
Já para este ano, a expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, feche o ano em 10,33%. Na semana anterior, a taxa esperada era de 10,04%. Se confirmada a previsão, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando ficou em 12,53%.

Essa foi a décima alta seguida no indicador. O BC informou, no fim de setembro, que estima um IPCA de 9,5% para este ano. Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015.
Produto Interno Bruto
Para o PIB deste ano, o mercado financeiro passou a prever uma contração de 3,15%. Na semana anterior, estimava um "encolhimento" de 3,1% para a economia neste ano. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.

Para 2016, os economistas das instituições financeiras aumentaram de 2% para 2,01% a expectativa de contração na economia do país. Esta foi a sétima queda seguida na previsão do mercado para o PIB do próximo ano.
Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem início em 1948.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. No mês passado, a "prévia" do PIB do BC indicou uma contração de 3,38% até setembro.
No fim de agosto, o IBGE informou que a economia brasileira registrou retração de 1,9% no segundo trimestre de 2015 em relação aos três meses anteriores, e o país entrou na chamada "recessão técnica", que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7% (dado revisado).
Taxa de juros
Após o Banco Central ter mantido os juros estáveis em 14,25% em outubro, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos de juros em 2015. Com isso, prevê estabilidade na taxa Selic na próxima reunião do Copom, que acontecerá nesta semana.

Para o fim de 2016, a estimativa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano – o que ainda pressupõe redução da taxa Selic ao longo do ano que vem, embora em menor intensidade.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 recuou de R$ 3,96 para R$ 3,95 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 4,20.

A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 ficou inalterada em US$ 14,95 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit avançou de US$ 30,55 bilhões para US$ 31,78 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 62,8 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte subiu de US$ 58 bilhões para US$ 59 bilhões.
Fonte: G1

Mais de 40% dos inadimplentes sabem pouco sobre seu orçamento

Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) feita somente com consumidores inadimplentes, em todas as capitais do país, mostra que muitos deles têm pouco conhecimento sobre o seu orçamento.

De acordo com o levantamento, realizado com 600 pessoas, quase a metade (47%) dos entrevistados reconhece saber pouco ou nada sobre a renda disponível para o próximo mês, ao mesmo tempo em que 42% admitem saber pouco ou nada sobre o valor de suas contas básicas do mês seguinte.
"E mesmo estando com contas atrasadas há mais de 90 dias, 53% dos consumidores entrevistados não sabem ao certo quais despesas terão de cortar para reequilibrar o orçamento pessoal. O comportamento inadimplente é prática recorrente entre os entrevistados: 33% dos consumidores ouvidos garantem fechar o mês no vermelho, sempre ou na maioria das vezes", informaram a CNDL e o SPC Brasil.

Cartão de crédito
Dentre os consumidores inadimplentes ouvidos, 46% desconhecem ou sabem pouco sobre o valor total das compras feitas recentemente no cartão de crédito, 47% não sabem ao certo quais produtos e serviços foram adquiridos no cartão de crédito e 48% admitem ter pouco ou nenhum conhecimento sobre o número de parcelas em que dividiram as suas últimas compras.

"O desconhecimento em relação aos gastos com o cartão de crédito é preocupante porque essa modalidade de crédito costuma oferecer taxas de juros elevados, com média acima de 400% ao ano, e pode representar um grave risco para as finanças do consumidor", afirmou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Promoções
Para identificar o grau de habilidade financeira dos consumidores inadimplentes, o SPC Brasil apresentou algumas simulações de compras aos entrevistados e concluiu que muitos consumidores possuem dificuldades para fazer contas simples ou perceber a opção mais vantajosa de uma oferta. Em uma das simulações foi atestado que 41% dos entrevistados não percebiam que, para um produto que custa R$ 100, um desconto de 15% é mais vantajoso do que desembolsar R$ 90 à vista ou pagar três parcelas de R$ 33.

"Muitos consumidores enxergam as promoções como uma oportunidade que não pode ser desperdiçada e acabam deixando de lado as contas para descobrir se ela realmente é vantajosa. Além disto, ao invés de refletirem sobre a real necessidade de adquirir um produto, são movidos pelo apelo de marketing em torno das promoções, e por isso acabam se comportando de maneira impulsiva e muitas vezes, até se arrependendo da compra pouco depois", afirmou o educador financeiro José Vignoli.
Alegria ao comprar
No momento em que realizaram a sua última compra, considerando uma escala de zero a sete, em que quanto mais próximo de sete, mais alegre ou satisfeito o consumidor estava, 79% dos entrevistados tendiam ao sentimento de alegria e 72% à satisfação.

No entanto, essas percepções diminuíram para 56% e 57%, respectivamente, 30 dias após a aquisição do produto. "O ato de comprar pode provocar sensação de bem estar, euforia e até relaxamento, o que acaba induzindo os consumidores a agir por impulso e comprar sem necessidade diante de promoções", avaliou Vignoli.
"A inadimplência não é resultado apenas da falta de habilidade com números, mas também uma consequência do consumo impulsivo e do comportamento imprudente dos consumidores na hora das compras e da falta de controle dos seus gastos e despesas", acrescentou Marcela Kawauti.
Fonte: G1

19 de novembro de 2015

Desemprego atinge maior taxa para outubro desde 2007, diz IBGE

A desocupação no Brasil aumentou e os salários dos trabalhadores empregados sofreram redução mais uma vez. De setembro para outubro, a taxa de desemprego passou de 7,6% para 7,9% - o índice mais elevado para outubro desde 2007, quando a desocupação chegou a 8,7%.

A população desocupada somou 1,9 milhão de pessoas e mostrou um aumento de 67,5% em relação a outubro de 2014, quando a taxa era de 4,7%. "Foi a maior variação [na comparação anual] da população desocupada na série histórica da pesquisa, em 2002", de acordo com o IBGE. Em relação a setembro, o número de desocupados ficou praticamente igual.
“Na comparação com setembro, o principal crescimento da desocupação ocorreu no grupo de pessoas de 18 a 24 anos. No caso dos jovens esse crescimento foi maior do que a população de 25 a 49 anos...A qualificação profissional vem sendo mais exigente. Seja porque perdeu o trabalho ou porque procurou e não consegue, essa taxa é mais alta”, disse Adriana Beringuy, técnica de rendimento e trabalho do IBGE.
Consequentemente, a população ocupada diminuiu e chegou a 22,5 milhões. Frente a setembro, o recuo foi de 1%, e contra outubro de 2014, de 3,5%. A população não economicamente ativa (que não trabalha nem procura emprego) cresceu 1,4% na comparação mensal e quase 3%, na anual.
Na análise das áreas que empregam os brasileiros, a população ocupada ficou estável em quase todas, menos na Indústria, onde a queda sentida foi de 3,9%. Os resultados são diferentes frente a outubro de 2014. Na indústria, a baixa foi de 8,7%, na construção, de 5,2%, e nos serviços prestados às empresas, de 3,7%.
O número de trabalhadores com carteira assinada somou 11,2 milhões - estável sobre setembro e 4% menor que em outubro do ano anterior.
O chamado "rendimento médio real habitual dos trabalhadores" ficou em R$ 2.182,10 em outubro: 0,6% abaixo da média de setembro e 7,0% inferior ao ganho de um ano atrás.
Resultados por região
Na comparação com setembro, a taxa de desemprego ficou mais alta apenas em São Paulo. Em relação a outubro de 2014, todas as regiões pesquisadas mostraram aumento: Salvador (12,8%); São Paulo (8,1%); Recife, (9,8%); Belo Horizonte (6,6%); Rio de Janeiro (6%) e Porto Alegre (6,8%).
Na comparação anual, a variação da desocupação em São Paulo e Belo Horizonte é a maior da história, conforme informou o IBGE.
"No caso de São Paulo, de fato, a indústria teve queda de 7%. A indústria perdeu 120 mil pessoas na região metropolitana de São Paulo comparado ao ano anterior. Outros serviços dispensaram 88 mil. É uma categoria bem ampla. Você vai ter manicure, esteticista. É um segmento muito ligado ao poder aquisitivo da população em consumir. A indústria está dispensando mais, mas não significa que outras atividades estão retendo pessoas. Mas na indústria está mais intensificado”, afirmou.
Os salários não mostraram variação em Salvador, São Paulo e Porto Alegre, mas caiu em Belo Horizonte (-3,5%), Recife (-1,9%) e Rio de Janeiro (-1,1%). Na comparação com outubro do ano passado, os ganhos médios recuaram em todas as regiões.
Fonte: G1