31 de maio de 2016

Preços na indústria caem menos em abril

Os preços da indústria fecharam o mês de abril em queda de 0,35%, comparado ao mês de março. Apesar da queda, a deflação dos preços industriais foi menor que a registrada entre fevereiro e março (-1,2%).
Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transporte, que mede a evolução dos preços de produtos na porta da fábrica, portanto, sem a incidência de impostos e fretes. O indicador foi divulgado nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado de abril, o IPP fecha os primeiros quatro meses do ano com variação de –1,5%, contra –1,15% em março. Já a taxa acumulada nos últimos doze meses continua positiva: 4,66%, variação menor que os 5,26% acumuladas em março.
Os dados do IBGE indicam que entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 11 apresentaram variações positivas de preços, contra oito do mês anterior. Todas as grandes categorias econômicos, no entanto, fecharam o mês com deflação.
A maior queda entre as grandes categorias ocorreu em bens de capital cuja variação na comparação com março chegou a –1,29%; bens de consumo duráveis fechou com deflação de 0,49%; e bens intermediários em –0,11%. Neste último caso, houve queda de 0,62% em bens de consumo duráveis e -0,45% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Fonte: O Tempo

Bandeira tarifária das contas de luz será verde

A bandeira tarifária aplicada nas contas de energia elétrica em junho será a verde, ou seja, não haverá acréscimo de valor para os consumidores. Este é o terceiro mês seguido em que a bandeira definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é verde. A decisão foi tomada nesta terça-feira (31), em reunião extraordinária da diretoria da agência.
Segundo a Aneel, a manutenção da bandeira verde foi possível por causa do resultado positivo do período úmido, que recompôs os reservatórios das hidrelétricas. Além disso, houve o aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico do país.
Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016, a bandeira se manteve vermelha (com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos). Em março, passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, em abril e maio, a bandeira foi verde.
O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade.
Por exemplo, quando o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas está mais baixo, por causa da falta de chuvas, é preciso aumentar o uso de usinas termelétricas para garantir a energia necessária para o país. Como a energia gerada por termelétricas é mais cara, o custo da energia fica maior, e a bandeira tarifária passa a ser amarela ou vermelha. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste está atualmente em 56,6% de sua capacidade máxima.
De acordo com a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que era incluído na conta de energia, sem acréscimo no reajuste tarifário anual das distribuidoras. Segundo a agência, a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.
Fonte: O Tempo

30 de maio de 2016

Em um ano, quase 1 milhão de famílias desceram de classe social


Faz três meses que o pedreiro Maurício Paes de Souza tenta pagar a última prestação do Uno 2007, comprado há quatro anos. A parcela é de R$ 630, mas, sem emprego desde janeiro, com a mulher também desempregada e dois filhos para sustentar, ele corre o risco de perder o automóvel - assim como já perdeu tantas outras pequenas conquistas de consumo dos últimos anos. Aos poucos, Souza se dá conta de que não pertence mais à mesma classe social da qual chegou a fazer parte, como outros milhares de brasileiros. Só no último ano, quase um milhão de famílias desceram um degrau na escala social.

Foi a primeira vez que houve um movimento inverso ao da ascensão socioeconômica que vinha ocorrendo desde 2008. O estudo, da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (Abep), mostra que, de 2015 para 2016, a classe que abrange famílias com renda média de R$ 4,9 mil (chamada de B2) perdeu 533,9 mil domicílios. A categoria dos que ganham R$ 2,7 mil (C1) encolheu em 456,6 mil famílias.

Ao mesmo tempo, as classes mais pobres ganharam um reforço. Na categoria em que as famílias têm renda média de R$ 1,6 mil (C2), o incremento foi de 653,6 mil domicílios. Outras 260 mil famílias passaram a fazer parte das classes D e E, com renda média de apenas R$ 768.
"Porcentualmente, esse movimento é pequeno. Mas, em termos absolutos, estamos falando em um acréscimo de mais de 910 mil famílias nas classes pobres em apenas um ano. É um número expressivo", afirma Luis Pilli, da Abep.

Um resultado que chamou a atenção é que a classe A, a mais rica e que conta com reservas financeiras e de patrimônio para se defender da alta da inflação e do desemprego, cresceu em 109,5 mil famílias no período. Com isso, ao todo, 1,023 milhão de domicílios, ou cerca de 4 milhões de pessoas, se movimentaram de alguma forma na escala social por causa da crise - a maioria, porém, perdendo o status anterior.

O que impressiona nessa crise, segundo Pilli, é a rapidez com que as famílias estão abrindo mão de itens como o segundo carro ou uma casa maior. "São decisões que geralmente demoram algum tempo para serem tomadas."

O pedreiro Maurício Paes de Souza entende bem o que Luis Pilli está querendo dizer. Em pouco tempo, ele perdeu muita coisa. Quando comprou o carro usado, por R$ 15 mil, há quatro anos, costumava gastar R$ 700 por mês no supermercado, pagando à vista. "Hoje, gasto a metade, procuro promoção e pego o cartão de um e de outro emprestado." Os filhos comiam carne todo dia e tinha iogurte na geladeira. Agora, sem o salário de R$ 3,5 mil, "é arroz e feijão e, às vezes, falta dinheiro para comprar ovo."

Em breve, o pedreiro pode perder o carro. "Ficam mandando mensagem de busca e apreensão, mas não adianta eu ir lá para conversar se não tenho dinheiro."

Baque

Para Maurício de Almeida Prado, sócio-diretor da Plano CDE, consultoria especializada na baixa renda, os números da Abep indicam que quem está sentindo o baque da crise é principalmente a classe média. "Os estratos sociais que dependem do emprego formal foram os mais afetados", explica. Os mais pobres, segundo ele, estão acostumados com a informalidade. "Eles se viram muito, fazem coisas em casa, vendem cosméticos, por exemplo. A classe média mais alta é dependente do emprego formal e tem dificuldade de gerar renda extra."

Nesta atualização da distribuição das famílias por classe, feita pela Abep, foram usados dados dos principais institutos de pesquisas que visitaram as casas dos brasileiros em 2015 e no início deste ano para descobrir como andava o padrão de vida da população. A associação utiliza o Critério Brasil, que tenta estimar a renda permanente das pessoas por meio da posse de bens e de outros quesitos.

O coordenador do centro de Políticas Públicas do Insper, Naercio Menezes Filho, acredita que as famílias estejam se desfazendo dos ativos e por isso desceram degraus na pirâmide social. "Isso era esperado, porque a crise é muito forte", diz. Ele ressalta, porém, que não há números oficiais do IBGE para avaliar esse movimento.

Renda

Já Adriano Pitoli, sócio da Tendências Consultoria Integrada, traça um cenário pior do que o da Abep. Ele estuda as mudanças na pirâmide social olhando apenas a renda monetária recebida pelos trabalhadores - e não a permanente, como fazem os institutos de pesquisa. Em estudo feito no final do ano passado, o economista da Tendências apontava, com base em projeções, que 3 milhões de famílias desceriam um degrau na escala social em três anos, entre 2015 e 2017.

De lá para cá, com o agravamento da crise, Pitoli refez as contas e projetou que 4,2 milhões de famílias seriam devolvidas à base da pirâmide. Só no último ano, a baixa teria sido de 1,8 milhão de famílias.

Pitoli explica que os critérios do seu estudo e o da Abep são diferentes. Ele olha renda monetária, que tem um impacto mais imediato no padrão de vida das famílias. Já a Abep usa a renda permanente, medida pela posse de bens, que teoricamente, demora mais para aparecer.
"Mas o estrago está feito", diz Pitoli. Segundo Pilli, da Abep, o País não voltou 20 anos atrás. "Mas, se continuarmos fazendo escolhas erradas, podemos retroceder." 


Fonte: Hoje em Dia

Taxa de juros deverá cair com aplicação das medidas, diz Meirelles

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse nesta segunda-feira (30) que as taxas de juros deverão cair como consequência da aplicação das medidas econômicas anunciadas na semana passada. Essas medidas, de acordo com o governo, visam estabilizar a economia, permitindo que o crescimento seja retomado. Hoje, a taxa básica de juros – a Selic – está em 14,25% ao ano.
“É correto se esperar que, com a estabilização, [...] a taxa possa ir caindo normalmente. Cai como consequência das medidas, não como medida voluntarista", disse o ministro em evento realizado em São Paulo.

Uma das medidas a que se refere Meirelles é a apresentação da proposta de emenda à constituição que limita o crescimento do gasto público. Para o ministro, com o aumento da previsibilidade, o risco-país diminui, abrindo espaço para a redução dos juros.

Mais uma vez, o ministro da Fazenda reforçou que o governo discute aumento de impostos, “se necessário”, e que uma possível elevação não será descartada no futuro de “maneira nenhuma”. No entanto, como já havia dito anteriormente, se houver alta de impostos, ela será temporária.
Crescimento do PIB
Nesta quarta-feira (1º), serão conhecidos os números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano. Numa avaliação otimista de médio prazo, Meirelles afirmou que a economia deverá crescer nos próximos trimestres.

"O crescimento deverá voltar a acontecer nos próximos trimestres. Eu acho que estamos num momento de inflexão, e é um erro tentar fixar datas para algo que depende de uma conjunção muito grande de fatores. Nós temos que focar nas razões para o crescimento, razões que levaram à queda da atividade, à queda da confiança, e tomar as medidas adequadas macroeconômicas para que o país volte a crescer. A consequência de tudo isso é o crescimento."

Meirelles repetiu em pelo menos três ocasiões que é preciso liberar as forças produtivas do país para que os consumidores, o mercado e a iniciativa privada voltem a ter confiança.

"É preciso que os consumidores sintam confiança para voltar a consumir... Passem a ter mais confiança na manutenção do emprego ou voltem a conseguir emprego – quem está desempregado –, que os empresários voltem a ter confiança para produzir, que as vendas aumentem e voltem a ter confiança para contratar, investir... Para isso, a situação macroeconômica do país, a dívida pública e a inflação... à medida que isso [dívida e inflação] esteja caminhando na direção correta, vai gerar a restauração da confiança e, em última análise, na diminuição dos custos de produção do país."

Déficit
Meirelles também aproveitou o encontro com empresários para detalhar, mais uma vez, as medidas econômicas anunciadas na semana passada e garantiu que a meta de déficit de R$ 170 bilhões enviada ao Congresso foi calculada com "rigor e precisão".

Porém, por se tratar de uma previsão, poderão haver divergências. "Qual será a receita real da regularização de capitais do exterior? Qual será o resultado da renegociação da dívida dos estados? Em resumo, tudo isso são questões a serem equacionadas. Mas é uma avaliação realista."
Denúncias
Questionado por jornalistas sobre as recentes denúncias envolvendo a nova equipe de governo do presidente interino Michel Temer, Meirelles disse acreditar que essa é uma prova de que as instituições estão cumprindo seus papéis, de forma independente, e que o país deverá sair mais fortalecido.

"O país vive um momento importante também na área da ética, de uma ação do Judiciário. E de novo, estamos olhando um Brasil à frente. Então, tudo isso é muito importante... que o Judiciário do país seja independente, o fato de que as investigações existam, que as pessoas são julgadas. Isso, na minha opinião, com o tempo, aumenta a confiança das instituições."
Previdência
Embora ainda não haja nenhuma decisão sobre a reforma previdenciária sinalizada pelo governo, Meirelles afirmou que a discussão é importante e que está sendo feita de forma democrática.

“Por isso nada foi anunciado ainda. Há um grupo de trabalho que vai discutir de forma realista, prática e transparente, de maneira que todos tenham acesso aos números, às informações, com calma e tranquilidade”, disse o ministro, reiterando que a decisão final caberá à sociedade.

Medidas econômicas
Na semana passada, o presidente em exercício, Michel Temer, anunciou medidas para tentar conter o crescimento dos gastos públicos e retomar o crescimento da economia brasileira. O anúncio acontece um dia depois de Temer entregar ao Congresso pedido de autorização para que o governo registre em 2016 um rombo recorde de R$ 170,5 bilhões em suas contas.

A primeira ação proposta foi a devolução, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de pelo menos R$ 100 bilhões em recursos repassados pelo Tesouro Nacional nos últimos anos. Temer também anunciou que vai propor o limite para aumento dos gastos públicos, a suspensão de novos subsídios, a extinção do fundo soberano e o apoio ao um projeto que muda as regras para exploração do petróleo no pré-sal.
Fonte: G1

Número de empresas criadas no país bate recorde desde 2010

De janeiro a março deste ano, surgiram no país 5l6.201 empresas, o que representa 7,5% acima do registrado em igual período de 2015, quando foram criadas 480.364 novos empreendimentos. Esse é o maior número de empresas já registrado no primeiro trimestre, desde 2010, quando teve início a pesquisa em torno do Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O recorde anterior foi registrado no mesmo período do ano passado.
Os economistas da Serasa Experian afirmaram, no entanto, que esse aumento não significa uma retomada do crescimento econômico e, sim, um meio que pessoas desempregadas buscam para gerar uma renda. “O aumento de novas empresas no primeiro trimestre foi puxado pelo surgimento de microempreendedores individuais. Este movimento tem sido determinado, principalmente, pela perda de postos formais no mercado de trabalho, por causa da recessão econômica, impulsionando trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma e formalizada, alternativas econômicas para a geração de renda”, diz nota da Serasa.
O número de microempreendedores individuais (MEIs) apresentou expansão de 14% com a formalização de 413.555 novos negócios. No mesmo período, houve queda de 13,8% na abertura de empresas individuais, com um total de 38.553 companhias criadas ante 44.718 no mesmo trimestre do ano passado.Também houve redução de 16,7% no caso das Sociedades Limitadas, com um total de 39.994 ante 48.012. Já o surgimento de empresas de outras naturezas teve queda de 2,9%, atingindo um total de 24.099.
Mais da metade dos novos empreendedores (63%) buscaram o setor de serviços (324.984), segmento que mais cresce nos últimos seis anos. O segundo maior interesse é o setor do comércio, com a abertura de 146.830 empresas, mas cuja participação recuou de 35% para 28,4% do total. Na área industrial, foram abertas 43.163 empresas (8,4% do total), número que representa uma estabilidade.
Ocorreram altas nas regiões Sudeste (6,8%) e Sul (4,4%), ao mesmo tempo em que houve queda nas demais: Nordeste (- 3,9%); Centro Oeste (-3,5%) e no Norte (-0,6%). Dos 27 estados brasileiros, 19 apresentaram avanços com destaque para o Amapá, com alta de 38,6% (1.239 novas empresas).
Em seguida, está o Rio de Janeiro, com elevação de 18,8% ((54.641 novas empresas). Em terceiro, Santa Catarina, com alta de 14,6% (22.072 novas empresas).
Em número, São Paulo lidera com a criação de 145.324 empresas, seguida de Minas Gerais com 58.271; do Rio de Janeiro ( 54.641); Paraná (33.274) e Rio Grande do Sul (30.764).
Fonte: O Tempo

25 de maio de 2016

Taxa de juros do cheque especial chega ao recorde de 308,7% ao ano

A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em abril. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta quarta-feira (25), a taxa do cheque especial subiu 7,9 pontos percentuais, de março para abril, para 308,7% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica do banco, iniciada em julho de 1994.
Já taxa de juros do rotativo do cartão de crédito caiu 0,8 ponto percentual. Mesmo assim, continua sendo a mais alta das taxas pesquisadas pelo BC. Em abril, taxa ficou em 448,6% ao ano.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC.
A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 4,8 pontos percentuais e ficou em 150,7% ao ano.
A taxa do crédito pessoal subiu 4,6 pontos percentuais para 130,8% ao ano. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) caiu 0,2 ponto percentual para 29,7% ao ano.
A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 1,6 pontos percentuais, de março para abril, quando ficou em 70,8% ao ano.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou estável em 6,2%.
No caso das empresas, a taxa de inadimplência ficou em 5,1%, alta de 0,2 ponto percentual. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas ficou estável em 31,1% ao ano.
Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas ficou em 10%, queda de 0,1 ponto percentual. A taxa cobrada das empresas caiu 0,3 ponto percentual para 11,6% ao ano. A inadimplência das famílias ficou em 2,1% e das empresas em 1,2%, com alta de 0,2 ponto percentual.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos caiu 0,6%, em abril, quando ficou em R$ 3,142 trilhões. Esse valor correspondeu a 52,4% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), ante o percentual de 53% registrado em março deste ano.
“A desaceleração no mercado de crédito se deve, principalmente, à retração do nível da atividade econômica, à elevação das taxas de juros e ao patamar reduzido dos indicadores de confiança de empresários e consumidores, que afetam negativamente a oferta e a demanda de crédito”, diz o relatório do BC.
Fonte: O Tempo

Pesquisa indica crescimento do desemprego em regiões metropolitanas

A taxa de desemprego subiu em quatro das cindo regiões metropolitanas pesquisadas na Pesquisa Emprego e Desemprego (PED) entre março e abril. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
No Distrito Federal, 18,1% da população economicamente ativa estava sem trabalho em março. Em abril eram 18,6%. Em Fortaleza, o número de desempregados passou de 13,1% em março para 13,6% em abril. Em Salvador, o percentual de pessoas sem emprego era de 21,3% e chegou a 23,4%. Em São Paulo, passou de 15,9% para 16,8%.
Em Porto Alegre, o percentual de desempregados ficou praticamente estável, com ligeira queda de 10,7% em março para 10,5% em abril, totalizando 198 mil pessoas sem emprego. Essa região registrou ainda aumento no nível de ocupação. Com o crescimento de 2,2% entre março e abril, totalizando 1,68 milhão pessoas inseridas no mercado de trabalho.
A alta na foi puxada pelo crescimento de 9,4% no nível de ocupação na construção civil na região metropolitana de Porto Alegre. Também houve elevação de 6,3% no número de postos de trabalho na indústria de transformação. O comércio de reparação de veículos fechou 6,2% das colocações disponíveis. 
Em São Paulo e no Distrito Federal, o nível de ocupação permaneceu praticamente estável, com ligeira variação negativa de 0,1% nas duas regiões. Em Fortaleza, ocorreu crescimento de 0,6% na comparação entre março e abril. Esse aumento no número de postos na capital cearense foi puxado pelo setor de serviços, que elevou o nível de emprego em 3,2% no período, enquanto a construção civil chegou a apresentar queda de 6,5%. 
O setor de serviços também teve elevação no nível de ocupação no Distrito Federal (1,3%), em São Paulo (0,5%) e em Porto Alegre (3,2%). Em relação a março, a construção civil teve queda no DF de 3% em abril, em Salvador de 6,6% e em São Paulo de 4,3%. 
Nos últimos 12 meses, todas as regiões metropolitanas pesquisadas registraram aumento nas taxas de desemprego. Em abril de 2015, o percentual de desempregados no Distrito Federal era de 14,1%, em Fortaleza de 7,9%, em Porto Alegre de 7,3%, em Salvador de 17,5% e em São Paulo de 12,4%.
Fonte: O Tempo

23 de maio de 2016

Meirelles diz que anuncia amanhã medidas legislativas e administrativas


Depois de analisadas as contas públicas pela nova equipe econômica do governo do presidente em exercício Michel Temer, serão anunciadas na manhã desta terça-feira (24) medidas que visam, principalmente controlar as despesas públicas e retomar o crescimento da economia, em última instância. Na manhã desta segunda-feira (23), o ministro da Fazenda Henrique Meirelles garantiu que as propostas passam tanto pelo campo administrativo quanto legislativo.

“Nós estaremos trabalhando de hoje para amanhã. Serão longas 24 horas. Gostaria de dizer que a ideia é um plano de voo, de direção, com medidas que tenham efeitos plurianuais e que tenham impactos permanentes, que não estejamos só focando no resultado desse ano, do próximo. Devemos dar uma linha de ação que, em sendo aprovada pelo Congresso, tenhamos uma grande segurança por parte da sociedade, dos analistas, dos bancos, de todos.”

'Realismo fiscal'
Na última sexta-feira, o governo federal anunciou que enviará ao Congresso Nacional nesta semana uma proposta que prevê umdéficit (despesas maiores do que receitas) das contas públicas de até R$ 170,5 bilhões em 2016. Se confirmado, será o pior resultado da série histórica, que tem início em 1997.

Meirelles reconheceu que essa estimativa é resultado de um trabalho “duríssimo” e que não teve apenas como objetivo prever o déficit deste ano ou do próximo, mas sim, foi “resultado de um cuidadoso realismo fiscal”.

Situação séria e grave
“Evidentemente, existem doses de incerteza no processo, desde a evolução da arrecadação até questões mais pontuais, por exemplo: qual será o efeito da lei de regularização de capitais, quanto, de fato, vai entrar, qual será a arrecadação... a questão da dívida dos estados e uma série de outras coisas...existe número grande de restos a pagar...que estão sendo escrutinizados e apurados em detalhe. Mas o que houve foram blocos de estimativas das mais rigorosas possíveis e muito cuidadosas de maneira que possa-se, de fato, divulgar um número que seja uma plataforma mais sólida para tomada de providências e ação", destacou.

O ministro reforçou que avaliação de que a situação é séria, grave, mas que existe muito potencial de crescimento, já que o Brasil é um país que oferece muitas oportunidades, segundo Meirelles.

“Não há dúvida de que partimos de uma situação que, em primeiro lugar, é essa questão da conta fiscal, que é crítica e importante de ser solucionada", disse;
Caso nada fosse feito, e a evolução das contas continuasse em expansão, Meirelles sugeriu que a relação da dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB) superaria 80% em alguns anos, se aproximando do dobro da média de países emergentes.
“A situação chegou a tal ponto que corremos risco de descumprimento da regra de ouro: a emissão de dívida para quitar despesas correntes. Isso de fato é uma regra de ouro que precisamos reestabelecer na economia brasileira e nas finanças.”
Para o futuro, com a implementação das medidas, Meirelles vislumbra a volta da confiança das famílias, dos empresários e do mercado, a retomada do investimento, do emprego e, em consequência, a recuperação da arrecadação tributária.
“É importante porque todo processo de ajuste será facilitado por uma arrecadação que seja crescente. O processo começa por um controle rígido e rigoroso das despesas. Aumento da arrecadação é consequência do processo, mas não como pressuposto de saída do processo. Isso tem de ficar claro". 
Fonte: G1

Enquanto a procura aumenta, a oferta de vagas no Sine cai 42%

Há três anos, o pizzaiolo Rylielson de Brito, 26, escolhia onde queria trabalhar. Há três meses, ele vai ao Sine da praça Sete, no centro de Belo Horizonte, duas vezes por semana e ainda não encontrou nenhuma vaga. “Era bem mais rápido. Eu vinha aqui para consultar as ofertas e era encaminhado no mesmo dia. Agora já estou até aceitando outras colocações, como açougueiro, vendedor ou operador de câmera”, conta. Ele é apenas um recorte do pior momento da história da oferta de empregos, que é o mais baixo para um mês de março desde 2003, segundo o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged).

Só nos quatro primeiros meses deste ano, o total de vagas ofertadas por todos os postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Minas Gerais caiu 42,2%. Foram 1.914 vagas oferecidas de janeiro a abril de 2015, contra 1.118 no mesmo período deste ano. Os dados foram levantados pela diretoria de monitoramento de resultados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese).

O diretor de gestão de processos de atendimento da Sedese, Emanuel Marra, explica que a oferta de oportunidades está menor, exatamente num momento em que as taxas de desemprego estão batendo recordes. Considerando somente o Sine na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) da praça Sete, em Belo Horizonte, o fluxo de atendimentos cresceu 11,6%. Em quatro meses, 81.905 pessoas passaram por lá. “O panorama dos anos anteriores não existe mais. Se analisarmos de 2003 até 2014, o Brasil gerou 16 milhões de postos de trabalho e isso começou a se inverter em 2015. Com mais gente procurando emprego e a retração da oferta de vagas, as condições mudam. A massa salarial cai significativamente, e os empregadores ficam mais exigentes”, ressalta.

Segundo Marra, a Sedese ainda não quantificou o tempo de entrada e saída das pessoas demitidas no mercado de trabalho. “Mas podemos afirmar que a recolocação tem demorado muito mais”, observa.

Se, pelo lado da estatística, ainda não há comprovação numérica da demora para reingressar ao mercado, pelos desempregados essa percepção é nítida. Simone Felisberto Santos, 37, está desempregada desde novembro do ano passado, quando saiu de uma loja de artigos domésticos. “Eu venho sempre que posso ao Sine para procurar uma vaga. Nunca fiquei tanto tempo sem conseguir. Com certeza, antes era muito mais rápido para arrumar uma vaga. Agora a gente vem, olha, às vezes chamam para entrevistas, e a gente fica naquela angústia, esperando alguém ligar pedindo para levar os documentos. Só que ninguém liga”, lamenta.

Para Simone, até o emprego dos sonhos mudou. Ela sonhava com carteira assinada, plano de saúde, cesta básica e vale-alimentação. “Agora eu torço para aparecer qualquer vaga”, conta.

Candidatos ao posto têm inscrição online
Minas Gerais tem 133 postos de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) espalhados por todo o Estado. Mas, seja para oferecer uma vaga ou se candidatar a um emprego, não é necessário comparecer presencialmente. O diretor de gestão de processos de atendimento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese), Emanuel Marra, explica que tudo pode ser feito pelo site.

“Nem sempre quem está procurando vaga tem dinheiro para se deslocar até uma unidade. É válido ressaltar que é possível fazer tudo pelo portal maisemprego.mte.gov.br, gratuitamente, As empresas não pagam nada para divulgar seus postos de trabalho”, destaca.

Quem está à procura de um emprego deve fazer um cadastro na aba do trabalhador. “A pessoa faz um login e informa dados como idade, escolaridade e pretensão salarial. O site cruza os dados com os tipos de vagas ofertadas e, a partir desse cruzamento, o candidato já pode até mesmo imprimir uma guia e o encaminhamento para a entrevista”, explica.

Como reflexo da diminuição das vagas, os empregadores têm exigido mais experiência, qualificação e até que os candidatos morem perto do local de trabalho, para economizar com custos de transporte. 

Fonte: O Tempo

Comércio ganha ao dar voto de confiança ao comprador

Em uma rápida busca no Reclame Aqui, site especializado em intermediar problemas entre consumidores e fornecedores, aparecem quase 8.000 queixas sobre troca e devolução de produtos com defeito. Se o cliente não gostou da cor ou se o tamanho não serviu, a loja não é obrigada a trocar. Se o produto estragou, aí, sim, a lei garante a substituição ou o reembolso. Mas, legislação à parte, muitas vezes, o bom senso conta muito mais – tanto para quem vendeu quanto para quem comprou um produto defeituoso. Quando lojistas e prestadores de serviços dão um voto de confiança ao consumidor que está reclamando, os ganhos são maiores do que as perdas.

Ao contrário das queixas, medidas pelos Procons e demais órgãos de defesa do consumidor, o bom atendimento não costuma ser quantificado. No entanto, esses casos existem, e a satisfação do cliente vira lucro. Mesmo sem ter a nota fiscal de um sapato que comprou para a filha na loja Pula Pula, a relações públicas Fayruze Dias não teve nenhum problema para trocá-lo quando o solado descolou. “É comum as lojas acusarem a gente de mau uso, mas eu cheguei, e a vendedora acreditou na minha palavra. Em dois dias, recebi outro calçado. Fiquei muito satisfeita com o atendimento e estou sempre comprando lá”, conta.

O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), Davidson Cardoso, ressalta que, embora a legislação garanta a troca apenas em caso de vício no produto, o bom senso deve prevalecer. “É claro que existem casos de má-fé, mas, na maioria das vezes, o problema aconteceu, e temos que nos colocar no lugar do consumidor. A nota fiscal é uma garantia, no entanto, mesmo quando o cliente a perde, é possível rastrear aquela compra pelo CPF e fazer a troca do produto com segurança”, afirma Cardoso.

Para a proprietária Larissa Miranda Lessa, que tem quatro unidades da Pula Pula em Belo Horizonte e Sete Lagoas, a flexibilidade é uma forte aliada. “Pelo próprio produto, dá para saber que ele foi adquirido na loja. Por isso eu não tenho nenhuma resistência em trocar. Também tenho um sapateiro que faz alguns consertos. Isso é uma garantia para o cliente e uma forma de fidelizá-lo”, destaca Larissa.

Sem duvidar. Foi exatamente depois de uma compra mal-sucedida, mas uma experiência gratificante na troca do produto, que o professor Fernando Caiafa, de Mogi das Cruzes (SP), deixou de ser apenas cliente e virou um divulgador da loja de moda masculina QQY, sediada em Belo Horizonte.

“Eu comprei uma camiseta, e ela chegou com uma mancha. Na mesma hora, entrei em contato pelo WhatsApp – o que já foi muito bom, porque é mais rápido que os canais convencionais. Em nenhum momento questionaram se a mancha teria sido feita por mim. Não só acreditaram na minha palavra como me mandaram uma camiseta nova e duas outras, uma pelo transtorno e outra pelo gasto que tive com o Sedex. Eu trabalho com jovens e sempre indico a loja”, relata Caiafa.

“Sempre colocamos que o bom atendimento seria nosso diferencial. Fazemos questão de manter o bom relacionamento. Na maioria dos casos de clientes que nos procuram, o problema é atraso. Mesmo sendo da responsabilidade dos Correios, nós assumimos o compromisso de acompanhar o processo e, assim que recebemos a queixa, informamos que o cliente não ficará no prejuízo e garantimos o reenvio ou o reembolso”, afirma o dono da loja, Vinícius Fonseca.

Equipe é treinada para encurtar o tempo até o retorno da queixa
A construtora AP Ponto abre, em média, 50 ordens de serviço por mês. Segundo o coordenador de relacionamento com o cliente e marketing, Gabriel Collares, a empresa estipulou um prazo médio de oito dias para atender cada solicitação. “É uma política bem simples. Nós não podemos garantir que nunca vai acontecer um problema, mas damos a garantia de que estamos disponíveis para resolver tudo”, diz.

Ele destaca que a estratégia foi treinar bem a equipe, para encurtar o caminho entre reclamação e solução. “O treinamento é importante para evitar aquele ‘pingue-pongue’ com cliente de um lado para o outro. Sabemos que o pós-venda é muito importante. Se um cliente satisfeito fala bem de mim para uma pessoa, um insatisfeito fala mal dez vezes mais”, avalia.

“Quem é bem-atendido volta para comprar para ele e para toda a família”, ressalta o vice-presidente da CDL-BH, Davidson Cardoso. 

Fonte: O Tempo

20 de maio de 2016

Ministro do Trabalho diz que não agirá sem ouvir trabalhadores

O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, disse nesta sexta-feira (20) que todas as medidas que envolvam os trabalhadores passarão por discussão prévia com a sociedade. “Nada será imposto ou anunciado, sem que antes seja conversado com o trabalhador. O trabalhador terá seu lugar garantido na mesa, não será surpreendido, será protagonista”, disse o ministro ao visitar a sede da Força Sindical, na capital paulista.
Previdência
Segundo Nogueira, as propostas de mudança na Previdência também levarão em conta a posição das centrais sindicais. “Pela fala do ministro [da Casa Civil] Eliseu Padilha, que está liderando o grupo de trabalho onde as centrais foram convidadas a participar, ele foi muito claro no sentido de que as centrais sindicais, representando os trabalhadores, serão protagonistas no texto que, porventura, venha a ser elaborado.”
Nogueira destacou, no entanto, que é preciso garantir a sustentabilidade do sistema. “A sustentabilidade da Previdência Social é importante porque ela é a garantia do trabalhador no futuro”.
A primeira reunião do grupo de trabalho integrado por centrais sindicais e governo para discutir a reforma da Previdência ocorreu na última quarta-feira (18). Além de Nogueira e Padilha, participaram a Força Sindical, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foram abordados quatro temas: idade mínima para aposentadoria, sustentabilidade da Previdência, igualdade de sexo e a data da vigência das medidas a serem adotadas.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), defendeu que se busque outras formas de arrecadação, antes de que sejam apresentadas propostas que mudem as regras para os trabalhadores. “Precisa acabar com as desonerações, com a pilantropia [filantropia desonesta], com o sonegador e fazer o agronegócio pagar. Além disso, tem outras fontes de receita para a Previdência”, disse.
O sindicalista chegou a admitir que sejam feitas mudanças para os que ainda vão entrar no mercado de trabalho, mas disse que as centrais não vão aceitar alterações para quem já contribui com o sistema atual. “Se tudo isso não resolver o problema, nós topamos discutir uma Previdência para o futuro, para os jovens, para aqueles que começam a trabalhar agora. Se nada disso for aceito, a gente vai ver na hora certa.” A proposta que sair do grupo de trabalho deverá ser encaminhada ao Congresso.
Fonte: O Tempo

18 de maio de 2016

Conta de luz deve subir, na média, 4,17% em maio

A conta de luz dos clientes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai subir de novo no próximo dia 28 de maio. Dessa vez, o aumento médio deverá ser de 4,17%.
Depois de escalar quase 50% em 2015, a alta para as residências deverá ficar em 2,74%, enquanto os consumidores de média tensão (comerciais) deverão amargar alta 4,45% na tarifa.
As indústrias, que encerraram 2015 com queda de quase 17% no faturamento, sofrerão ainda mais. A elevação deverá ficar em 4,95%. Os índices foram calculados pela TR Soluções com exclusividade para o <CF37>Hoje em Dia</CF>.
Impactos
O aumento pegou de surpresa o proprietário das padarias Vianney, no Funcionário, e Boníssima, no Vila da S[/TEXTO]erra e Gutierrez, Pedro Moraes. As três unidades da rede somam, em média, R$ 120 mil em gastos com energia elétrica. Com o aumento para consumidores de média tensão, a previsão é a de o custo mensal suba cerca de R$ 6 mil
“O cenário econômico nunca esteve tão ruim. Repassar a alta para o produto é impossível”, diz Moraes. O jeito será absorver o aumento. Dos 600 empregados da empresa, 100 foram demitidos neste ano. E as vendas já caíram 8% em valores nominais, sem contar a inflação.
Na agenda
O aumento faz parte do reajuste anual da Cemig. Trata-se de um encontro de contas do que a concessionária[/TEXTO] previu de custos no ano passado e do que foi concretizado. Anteriormente, o reajuste era realizado em 8 de abril. Com a renovação dos contratos de distribuição, no início do ano, a data foi alterada.
O diretor de Finanças e Relações com os Investidores da Cemig, Fabiano Maia, disse, no entanto, que não é possível afirmar se a tarifa será aumentada ou até mesmo reduzida, como cogitado várias vezes por representantes da companhia mineira no ano passado.
A afirmação do executivo foi feita durante apresentação dos resultados da estatal, ontem, na sede da Cemig. No primeiro trimestre do ano, a holding registrou queda de 99,7% no lucro líquido, que passou de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2015 para R$ 5 milhões nos primeiros três meses deste ano.
EMPRESAS À VENDA
O dólar valorizado e o anúncio de que a Cemig está se desfazendo das empresas que não fazem parte do[/TEXTO] negócio principal da estatal, abriu o apetite das energéticas e fundos de pensões in[/TEXTO]ternacionais. Empresas chinesas, japonesas, do oriente médio, entre outras, têm sondado a concessionária.
A previsão de Fabiano Maia é a de que nos próximos três anos a companhia esteja totalmente focada em distribuição, transmissão, geração e comercialização de energia. O objetivo é vender ativos para reduzir dívida e alavancagem. Com o foco, a Cemig deixaria de investir em companhias de telecomunicações e gás, por exemplo.
Segundo o superintendente de Relações com Investidores da estatal, Antonio Velez, a Cemig está aberta para negociar com empresas de todas as nacionalidades e perfis. “Se for para uma vender uma parte minoritária de uma empresa na qual continuaremos como sócios, vamos analisar o perfil dos interessados. Caso contrário, não”, diz Velez.
Fonte: Hoje em Dia

16 de maio de 2016

Dívidas de água, luz e gás atrasadas batem recorde histórico

O volume de dívidas de água, luz e gás atrasadas bateu recorde em março, ao atingir 17,9% dos R$ 239 milhões (cerca de R$ 42,8 milhões) de pendências financeiras no país, de acordo com dados do birô de crédito Serasa Experian divulgados nesta segunda-feira (16).
É o maior nível registrado pelo segmento desde junho de 2014, quando o levantamento começou a ser feito. Em março do ano passado, essas contas somavam 15,1% das dívidas em atraso.
O aumento do atraso dessas dívidas reflete o agravamento da crise econômica, de acordo com Luiz Rabi, economista da Serasa. Isso porque o consumidor costuma pagar essas contas em dia para não ter o serviço suspenso.
"Os mais afetados com a situação econômica atual são aqueles que vivem daquilo que recebem e não fazem nenhum tipo de reserva ou poupança financeira", diz. "Ao perderem o emprego, essas pessoas não conseguem honrar os compromissos financeiros e caem na inadimplência."
O segmento com mais atrasos em março foi o de bancos e cartão de crédito, que respondeu por 27,2% do valor total da inadimplência no mês. No mesmo mês de 2015, o percentual era de 30,7%.
A terceira colocação das dívidas atrasadas ficou com o setor de telefonia, com 15,1% do total. Em março de 2015, esse segmento respondia por 16,5% das pendências financeiras.
Fonte: O Tempo

Temer reúne-se hoje com centrais sindicais para debater Previdência


O presidente interino Michel Temer reúne-se na tarde de nesta segunda-feira (16) com centrais sindicais para debater propostas de mudanças na Previdência Social. O encontro está previsto para as 15h, no Palácio do Planalto. Foram convidadas centrais como a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Força Sindical. Também participam da reunião os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Na sexta-feira (13), Meirelles disse, em entrevista ao programa 'Bom Dia, Brasil', da Rede Globo, que o novo governo pretende fazer mudanças na Previdência. Segundo ele, é preciso entender que despesas públicas são sempre pagas pela população, incluindo o sistema previdenciário.
O ministro confirmou que haverá uma idade mínima de aposentadoria e que a mudança não será feita sem uma regra de transição. Ele acrescentou que agora o necessário é uma “determinação de governo” para apresentar à sociedade uma proposta factível.
Meirelles destacou que existem grupos com estudos bastante avançados sobre o assunto, inclusive no governo. “A regra está clara: idade mínima, com regra de transição e que seja eficaz. Não seja tão longo que não faça efeito. De outro lado, que não seja tão curto que seja inexequível”.

Fonte: O TEMPO

13 de maio de 2016

Caixa limita compra de imóvel com recurso do FGTS


Dois meses após receber R$ 7 bilhões para financiar a compra da casa própria pela linha Pró-Cotista FGTS, uma das mais vantajosas do mercado, a Caixa não tem mais dinheiro para aprovar novos contratos para moradias entre R$ 225 mil em R$ 500 mil. A restrição começou no fim de abril.

O banco público emprestou os R$ 2,92 bilhões liberados pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no final de fevereiro para esse segmento. Restam ainda entre R$ 2 e R$ 3 bilhões na linha, mas os recursos precisam ser destinados a imóveis de até R$ 225 mil ou entre R$ 500 mil e R$ 750 mil. A Caixa fez um pedido ao conselho para utilizar livremente o dinheiro que sobrou.

A linha Pró-Cotista só pode ser acessada por trabalhadores com pelo menos três anos de vínculo com o FGTS. Além disso, eles precisam estar trabalhando ou ter saldo na conta do FGTS de pelo menos 10% do valor do imóvel. A taxa de juros é de 8,66% ao ano, bem abaixo dos contratos firmados com recursos da poupança, que hoje custam ao mutuário mais de 10% ao ano.

O Conselho Curador do FGTS liberou R$ 21,7 bilhões para o mercado imobiliário justamente para compensar a escassez de recursos da poupança. Apenas de janeiro a abril deste ano, a caderneta perdeu R$ 32,296 bilhões em aplicações, o que tem obrigado os bancos incluindo a Caixa – a buscar outras fontes de recursos para o financiamento da casa própria. 

Tapa-buraco. Segundo funcionários de diferentes agências da Caixa, o dinheiro do FGTS foi utilizado para atender contratos que tinham sido aprovados desde outubro de 2015 e que estavam paralisados justamente por falta de dinheiro. “A suplementação chegou e foi embora muito rápido", disse o gerente de uma agência. "Quem quer manter a linha Pró-Cotista está ficando na fila na Caixa ou batendo na porta do Banco do Brasil”, disse Daniela Akamine, sócia diretora da Akamines Negócios Imobiliários.


Fonte: O Tempo