26 de fevereiro de 2016

Em março, contas de luz terão bandeira tarifária amarela

A partir da próxima terça-feira (1º), a bandeira tarifária das contas de luz será a amarela, que significa acréscimo de R$ 1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido.
Esta é a primeira vez, desde que começou a ser implementada, em janeiro de 2015, que a bandeira tarifária não é a vermelha. Para abril, a bandeira passará de amarela para verde, ou seja, não haverá custo extra para os consumidores.
O aumento de chuvas neste ano, que melhorou o volume dos reservatórios das hidrelétricas, aliado à redução da demanda e inclusão de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro, possibilitou a mudança das bandeiras tarifárias nos últimos meses.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) destaca que, mesmo com a melhoria nas condições de geração, o sinal para o consumo ainda é de alerta, e os consumidores devem fazer uso eficiente de energia elétrica e combater os desperdícios.
Segundo a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que era incluído na conta de energia no reajuste tarifário anual da distribuidora.
“Com as bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente”, diz a agência.
Fonte: O Tempo

Rendimento domiciliar mensal per capita era de R$ 1.113 em 2015

O rendimento domiciliar mensal per capita em 2015 era de R$ 1.113, segundo aponta pesquisa do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
Segundo nota do IBGE, a divulgação desses números é necessária para o cálculo do rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com as novas regras. Os valores, que também serão informados ao Tribunal de Contas da União (TCU), foram obtidos a partir dos rendimento brutos do trabalho e dos demais rendimentos de outras fontes.
Ficaram acima da média brasileira: Minas Gerais (R$ 1.128); Rio de Janeiro (R$ 1.285); São Paulo (R$ 1.482); Paraná (R$ 1.241); Santa Catarina (R$ 1.368); Rio Grande do Sul (R$ 1.435) e Distrito Federal (R$ 2.252).
Rendimento por estado, mais DF, em R$:
Rondônia 822
Acre 752
Amazonas 752
Roraima 1.008
Pará 672
Amapá 849
Tocantins 818
Maranhão 509
Piauí 729
Ceará 680
Rio Grande do Norte 818
Paraíba 776
Pernambuco 822
Alagoas 598
Sergipe 782
Bahia 736
Minas Gerais 1.128
Espírito Santo 1.074
Rio de Janeiro 1.285
São Paulo 1.482
Paraná 1.241
Santa Catarina 1.368
Rio Grande do Sul 1.435
Mato Grosso do Sul 1.045
Mato Grosso 1.055
Goiás 1.077
Distrito Federal 2.252

Fonte: G1

Brasil fecha em janeiro 99,6 mil vagas formais, pior resultado em 7 anos

A economia brasileira iniciou o ano de 2016 com fechamento de vagas com carteira assinada. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgadas pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (26), as demissões superaram as contratações em 99.694 empregos no mês passado.

Esse foi o décimo mês seguido com mais fechamento do que abertura de vagas formais no país. O último mês com contratações acima das demissões foi em março do ano passado - quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho.
Além disso, o resultado do mês passado foi o pior para meses de janeiro da série histórica do Caged, que começa em 2009, ou seja, em sete anos. Em janeiro do ano passado, foram fechadas 81,7 mil vagas formais.
Em 2015, a economia brasileira registrou a demissão de 1,54 milhão de trabalhadores no que foi o pior resultado para um ano fechado em 24 anos. Quando divulgou este resultado, o ministro do Trabalho e da Previdência, Miguel Rossetto, admitiu que o ano foi "difícil".
Economia em recessão
O fechamento de vagas acontece em meio à forte queda do nível de atividade, com a economia em recessão. Para este ano, a estimativa do mercado financeiro é de uma queda de 3,3% no Produto Interno Bruto (PIB), após uma retração estimada em 3,8% para 2015 - a maior em 25 anos.

Ao mesmo tempo, a inflação em alta, com o IPCA somando 10,71% em doze meses até janeiro, o maior patamar desde novembro de 2003, diminui a renda dos trabalhadores. E as famílias continuam endividadas, o que tem gerado aumento da inadimplência.
Setores
O comércio liderou o fechamento de vagas formais em janeiro deste ano, com as demissões superando as contratações em 69.750 postos com carteira assinada.

O setor de serviços, por sua vez, eliminou 17.159 vagas no primeiro mês deste ano, segundo o Ministério do Trabalho. A indústria de transformação fechou 16.553. Já a construção civil fechou 2.588 empregos com carteira assinada
O setor de agricultura foi o único que contratou mais do que demitiu em janeiro. De acordo com o ministério, foram criados 8.729 novos postos de trabalho.
Regiões do país
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de demissões em três das cinco regiões do país em janeiro deste ano.

No Sudeste, foram fechadas 71.956 vagas formais em janeiro deste ano. Já a região Nordeste fechou 32.011 postos formais, enquanto que a região Nordeste registrou 33.411 demissões no mês passado.
A região Norte registrou o fechamento de 11.496 postos formais em janeiro deste ano, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
Na contramão, a região Sul abriu 15.548 postos formais em janeiro, ao mesmo tempo em que o Centro-Oeste registrou a contratação de 1.621 trabalhadores com carteira assinada no primeiro mês de 2016.
Fonte: G1

25 de fevereiro de 2016

Tempo médio para brasileiro voltar a trabalhar é de 8 meses

Quem está procurando uma colocação no mercado de trabalho tem que ter paciência. É que o tempo para conseguir uma vaga aumentou, segundo estimativa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No fim de 2014, eram necessários 6,8 meses para voltar a trabalhar. Hoje, a média é de oito meses. O aumento é de 36 dias.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, diz que o tempo maior para a recolocação é reflexo da conjuntura econômica atual, em que se observa o fechamento de postos de trabalho ao invés da criação de vagas.
A desempregada Ana Cecília Cordeiro confirma o mau momento do mercado do trabalho do país. Ela conta que completa um ano sem emprego em março deste ano. “Desde que fiquei desempregada, minha vida mudou para pior. Antes, eu podia comprar algumas coisas que eu gostava, como iogurte. Hoje, já não compro mais”, diz.
Para poder se manter, ela está vendendo títulos de capitalização e ainda conta com a ajuda financeira da avó. “Eu gostaria de ter um emprego com carteira assinada. A vantagem é que eu sei quanto ganho no mês. Hoje, só ganho o que vender, se não vendo nada, não ganho nada. Desde o ano passado está mais difícil conseguir um emprego”, reclama a ex-caixa de supermercado.
Até novembro de 2015, o país alcançou número recorde de desempregados: 9,126 milhões de pessoas. O total de desocupados saltou 41,5% no trimestre encerrado em novembro na comparação com igual período de 2014, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que é divulgada pelo IBGE.
Silvanete Lopes dos Santos é uma dessas pessoas. Ela conta que está sem emprego há mais de um ano. E hoje trabalha como freelancer na área de eventos. O último emprego foi na área de telemarketing. “Está mais difícil conseguir uma colocação. Tem muita gente desempregada, muita concorrência. Antigamente, você conseguia outro emprego em, no máximo, dois meses”, ressalta.
Ela diz que gostaria mesmo de trabalhar na área de radiologia, já que fez o curso há dois anos. “Nunca atuei. Hoje, não dá para escolher”, frisa.
A estudante de psicologia Gabrielly André Neves também está em busca de uma oportunidade. “Pode ser emprego ou estágio”, diz a ex-caixa de uma loja do varejo.
E ela acha que vai demorar mais para conseguir uma vaga. “Com a crise, está ainda mais difícil conseguir emprego. A pesquisa está certa, deve ser uns oito meses, ou até mais para conseguir um colocação no mercado de trabalho”, reclama.
Demanda
Queda. Estatística da Michael Page, especializada em recrutamento e seleção, mostra que 90% da demanda feita pelas empresas é para substituição de trabalhadores e 10% para novas vagas.
Mercado gera poucas vagas e salário é cerca de 40% menor

Com a economia em crise, o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, recomenda que os brasileiros previnam-se contra o possível desemprego. “Caso não tenha feito uma reserva financeira ao longo do tempo antes de ser demitido, a pessoa corre risco de abusar dos cartões de crédito e também de empréstimos”, observa.

A diretora de desenvolvimento humano da Rhumo Consultoria Empresarial, Lara Castro, ressalta que num mercado com geração de poucas vagas, é importante que o profissional se mantenha competitivo e invista na qualificação mesmo empregado. “É sempre importante investir em si mesmo, reduzir as deficiências e descobrir habilidades”, frisa.

E, se caso o desemprego acontecer, é necessário, conforme ela, mudar a postura com relação aos gastos. “É o que as empresas estão fazendo: cortando custos, se adequando a um novo momento”, diz. Ela observa que a realidade nas recolocações são salários de 30% a 40% menores na comparação com o que era pago há dois, três anos. 

Fonte: O Tempo

Percentual de famílias endividadas cai de 61,6% para 60,8%

Embora ainda esteja em um patamar elevado, o percentual de famílias brasileiras endividadas apresentou ligeira retração de 0,08 ponto percentual, ao cair de 61,6% para 60,8% de janeiro para fevereiro deste ano.
A constatação é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O estudo, no entanto, aponta que 25,4% dos endividados dizem respeito a famílias com mais da metade da renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.
O levantamento mostra que, apesar de o número de famílias com dívidas ter recuado em fevereiro, a taxa aumentou na comparação anual. O percentual de 60,8% verificado este mês é superior aos 57,8% de fevereiro do ano passado.
Segundo a CNC, o número de famílias com contas ou dívidas em atraso e das que permanecerão inadimplentes teve o mesmo comportamento: recuo na comparação mensal, porém, aumento em relação a fevereiro de 2015.
Inadimplência
O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu 23,3% do total, em comparação com 23,7% em janeiro e 17,5% no mesmo período do ano passado. Já o índice de famílias que permaneceriam inadimplentes caiu para 8,6% em fevereiro de 2016 contra 9% em janeiro e 6,4% em fevereiro de 2015.
As justificativas da CNC para o endividamento são as mesmas dos últimos meses e refletem a situação da economia do país, com juros altos e retração do emprego e da renda, como explica a economista da confederação, Marianne Hanson.
“As taxas de juros mais elevadas e o cenário menos favorável do mercado de trabalho impactaram negativamente os indicadores em relação ao ano passado no que diz respeito à inadimplência e à percepção das famílias em relação à sua capacidade de pagamento”, disse.
A pesquisa constatou, ainda, que a proporção das famílias que se declararam muito endividadas aumentou de 13,6% para 13,8% entre janeiro e fevereiro. Na comparação anual, no entanto, o aumento é bem maior e chega a 4,1 pontos percentuais.
Do ponto de vista da renda, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor constatou que 25,4% das famílias endividadas têm mais da metade de sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
Entre aquelas com contas ou dívidas não pagas, o tempo médio de atraso foi de 64,3 dias em fevereiro, número acima dos 60,5 dias do ano passado. “O tempo médio de comprometimento com dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 26,2% das famílias estão comprometidas com dívidas até três meses, e 34% por mais de um ano”, constatou a CNC.
Fonte: O Tempo

Desemprego nas metrópoles sobe para 7,6% em janeiro

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país avançou para 7,6% em janeiro, acima dos 6,9% verificados em dezembro do ano passado, informou o IBGE nesta quinta-feira (25).
Trata-se da maior taxa para o mês desde 2009, quando foi de 8,2%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (5,3%), o índice teve um incremento de 2,3 pontos percentuais.
O resultado veio melhor que as expectativas de economistas e instituições financeiras ouvidos pela agência internacional "Bloomberg". O centro das expectativas da taxa de desemprego era de 8% no mês passado.

O aumento de desempregados era esperado, e não só por causa da crise econômica.
Normalmente, a taxa cresce no mês por causa da dispensa dos trabalhadores temporários contratados no final do ano.
O número de pessoas ocupadas teve queda de 1% de dezembro para janeiro. Isso representou 230 mil pessoas a menos nesse intervalo. Frente ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 2,7%.
Ao mesmo tempo, o mercado continuou pressionado pela maior procura por trabalho. A população desocupada (desempregada) cresceu em 8,4% frente a dezembro, 146 mil pessoas a mais. Em um ano, o aumento foi de 42,7%.
Um dos motivos para o aumento da procura por emprego é a queda da renda e aumento do custo de vida. Mais pessoas de uma mesma casa estão procurando emprego para complementar o orçamento do lar.
O rendimento real dos trabalhadores foi de R$ 2.242,90 em janeiro nas seis regiões metropolitanas, queda de 1,3% na comparação a dezembro de 2015 e de 7,4% frente ao mesmo mês do ano passado.
A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) deixará de ser realizada pelo IBGE. Em março, o instituto vai divulgar os dados de fevereiro e encerrar a pesquisa. Ela será substituída pela Pnad Contínua, que pesquisa o emprego no país.
Fonte: O Tempo

24 de fevereiro de 2016

Juro do cartão chega a 439% e o do cheque é o maior em quase 22 anos

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial somaram 292,3% ao ano em janeiro – o maior patamar desde julho de 1994 (293,9% ao ano), ou seja, em quase 22 anos, segundo números divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Banco Central.
Os juros cobrados pelos bancos nesta linha de crédito tiveram aumento de 5,3 pontos percentuais no mês passado, pois somavam 287% ao ano em dezembro.Nos últimos 12 meses, a alta foi de 83,3 pontos percentuais - estavam em 209% ao ano em janeiro de 2015.
Segundo analistas, essa é uma das taxas de juros mais caras do mercado e só deve ser utilizada em momentos de emergência e por um prazo curto.
Cartão de crédito
Se a taxa de juros é alta para o cheque especial, ela é considerada proibitiva para o cartão de crédito rotativo. Segundo os números do BC, os juros médios cobrados pelos bancos nestas operações – a modalidade mais cara do mercado – somaram 439% ao ano em janeiro, o maior patamar da série histórica, que tem início em março de 2011. No mês passado, o aumento foi de 8,1 pontos percentuais e, nos últimos doze meses, foi de 104,9 pontos percentuais
Junto com o cheque especial, os juros do cartão de crédito rotativo são os mais caros do mercado. A recomendação de economistas é que os clientes bancários paguem toda a sua fatura do cartão no vencimento, não deixando saldo devedor, e que evitem também usar o cheque especial o máximo possível, apesar de a linha ser de fácil acesso (crédito pré-aprovado).
Alta dos juros básicos da economia
O aumento dos juros bancários, no ano passado, acompanhou a alta da taxa básica da economia, fixada pelo Banco Central a cada 45 dias para tentar conter as pressões inflacionárias.

A Selic, porém, subiu bem menos do que os juros bancários no ano passado. Desde o  começo de 2015, taxa avançou de 11,75% para 14,25% ao ano, ou seja, um aumento de 2,5 pontos percentuais. Os números mostram que os bancos elevaram suas taxas de juros ao consumidor de maneira bem mais intensa.
Consignado, crédito pessoal e veículos
No caso das operações de crédito pessoal para pessoas físicas (sem contar o consignado), de acordo com o Banco Central, a taxa média cobrada pelos bancos somou 118,4% ao ano em janeiro, contra 117,7% em dezembro do ano passado. Nesse caso, houve uma alta de 0,7 ponto percentual em janeiro e de 10,9 pontos percentuais em doze meses.

Ainda segundo o BC, a taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) somou 29,3% ao ano em janeiro – o que representa um aumento de 0,5 ponto percentual em relação a dezembro de 2015 (28,8% ao ano). Em doze meses, a alta foi de 2,9 pontos percentuais.
Segundo o BC, a taxa média de juros para aquisição de veículos por pessoas físicas, por sua vez, somou 27,5% ao ano em janeiro, contra 26% oo ano em dezembro do ano passado. Neste caso, houve um aumento de 1,5 pontos percentuais no mês passado e de 3,7 pontos percentuais em doze meses.
Fonte: G1

Crédito encolhe e inadimplência sobe, afirma BC

Com baixa oferta e baixa demanda, o estoque de crédito encolheu 0,6% em janeiro em relação a dezembro, segundo o Banco Central. No acumulado em 12 meses, o ritmo de crescimento caiu de 6,7% para 6,2% nos últimos dois meses. Descontada a inflação, o crédito encolheu cerca de 4% em relação a janeiro do ano passado.
A continuidade na piora no mercado de crédito, que o governo tenta estimular por meio de uma pacote anunciado em janeiro, reflete, por exemplo, o aumento das taxas de juros e da inadimplência.
A taxa média ao consumo passou de 63,7% para 66,1% ao ano em apenas um mês. A inadimplência para pessoas físicas subiu pelo quarto mês seguido, para 5,4%, no crédito sem subsídios. Um ano antes, estava em 4,4%.

Nessas linhas de crédito, que incluem cheque especial, crédito pessoal e consignado, o crescimento nos últimos 12 meses foi de 2,3%, sem considerar a inflação de quase 11% no período.
Para as empresas, o crédito cresceu 7,7% nas linhas com juros subsidiados, nas quais se destaca o BNDES, e 4,4% nas linhas com taxas definidas livremente pelo mercado. A inadimplência das pessoas jurídicas subiu de 2% para 2,7% nos últimos 12 meses.
Fonte: O Tempo

23 de fevereiro de 2016

Vendas de combustíveis caíram 12,7%, diz ANP

As vendas de combustíveis no Brasil somaram 10,514 bilhões de litros em janeiro, queda de 12,7% com relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). É o menor volume desde 2012.
A retração foi generalizada, atingindo inclusive o mercado de etanol hidratado, o único que se mantinha em alta nos últimos meses de 2015. As vendas do combustível caíram 3,2% no mês passado, para 1,2 bilhão de litros.
O mercado de gasolina encolheu 13,9%, para 3,322 bilhões de litros, e o de óleo diesel caiu 16,7%, para 3,942 bilhões de litros.
Em 2015, as vendas de combustíveis no país registraram queda de 1,9%, a primeira desde 2013, reflexo da retração da atividade econômica no país.
Fonte: O Tempo

Fazenda e Receita ampliam prazo para pequena empresa seguir regra

O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) e a Receita Federal prorrogaram até 20 de abril o prazo para que as micro e pequenas empresas do comércio virtual enviem declarações com as novas regras de recolhimento de ICMS. A decisão foi publicada na segunda-feira (22) no Diário Oficial da União. O prazo anterior era de 4 de dezembro do ano passado.
Desde o início deste ano, empresas que fazem vendas para consumidores finais localizados em outros Estados são responsáveis por calcular qual o imposto devido ao Estado em que ela está e qual a parcela cabida ao Estado de destino do produto. Antes, todo o imposto da venda ficava onde a empresa estava instalada.
Antes do envio da mercadoria, a empresa deve gerar guias de recolhimento do ICMS, pagá-las e anexá-las ao produto.
No último dia 17, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu liminar que, na prática, livra as micro e pequenas empresas das mudanças nas regras de cobrança de ICMS no comércio eletrônico.
Para o ministro Dias Toffoli, a cláusula sobre a regra de recolhimento do ICMS não observa o princípio constitucional que garante tratamento diferenciado a firmas de pequeno porte.
As mudanças introduzidas pelo convênio 93/15 do Confaz, ligado ao Ministério da Fazenda, entraram em vigor em janeiro. Como resultado, micro e pequenas empresas do comércio virtual elevaram preços, atrasaram entregas e deixaram de vender para outros Estados.
Além da burocracia criada com o pagamento do tributo em mais de um Estado, a nova regra também eleva o ICMS pago por empresas optantes pelo Simples, regime simplificado para pequenas empresas.
O aumento acontece porque, antes da mudança da regra, todo o ICMS pago pelas pequenas empresas era destinado ao Estado de origem, seguindo uma tabela com alíquotas menores no caso de optantes pelo Simples.
Esses valores não tiveram desconto, mesmo com a exigência dos novos pagamentos que são feitos após cada venda.
As mudanças afetaram a venda de 34% das lojas virtuais, de acordo com pesquisa do Sebrae.
Apesar das reclamações de micro e pequenas empresas, o Confaz defende a obrigatoriedade de que essas companhias sigam as novas regras para pagamento de ICMS.
O Confaz afirma que, do modo como está, grandes empresas são incentivadas a se instalar em locais em que recebem mais benefícios fiscais, obtendo mais competitividade em relação às pequenas, que, em geral, não têm como fazer essa escolha.
Fonte: O Tempo

22 de fevereiro de 2016

Mudança no seguro-desemprego aumentou a força de trabalho

As mudanças nas regras de concessão de seguro-desemprego levaram a um aumento pequeno na força de trabalho no país. O incremento estimado, entre março e outubro de 2015, chegou a 84 mil pessoas de um total de 2,8 milhões de trabalhadores que deixaram de ter acesso ao seguro-desemprego com a mudança nas regras, de acordo com um estudo do Banco Central (BC), divulgado nesta sexta-feira (19), no Boletim Regional.
Ao simular a vigência das novas regras por um período de 12 meses, o aumento da população economicamente ativa (potencial de mão de obra com que o setor produtivo pode contar, seja formado por ocupados ou dispostos a trabalhar) seria de 87 mil a 182 mil, estima o BC.
Com esses resultados, o banco concluiu que a elevação da oferta de mão de obra, devido à mudança nas regras de seguro-desemprego, tem efeito “relativamente pequeno sobre a taxa de desemprego”. “Outros fatores, como aqueles associados ao ajuste macroeconômico [monetário, fiscal e cambial] em curso no país, concorrem para explicar o aumento da taxa de desemprego nos últimos meses”, destacou.
Antes da edição da Medida Provisória (MP) nº 665, o trabalhador demitido de forma involuntária tinha direito ao benefício em três parcelas do seguro-desemprego, desde que comprovasse ter tido vínculo empregatício de seis a 11 meses. Com a medida, o tempo de serviço mínimo foi estendido para 18 meses, contemplando benefícios de quatro ou cinco parcelas, em sua primeira solicitação. Com a conversão da MP na Lei nº 13.134, esse tempo de serviço mínimo recuou para 12 meses, mantendo-se a concessão apenas de benefícios de quatro ou cinco parcelas.
Segundo o BC, o grupo de trabalhadores analisados no estudo representava 28,4% do total de demitidos e que estariam aptos ao recebimento do seguro-desemprego, se as regras não tivessem sido alteradas, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Atividade econômica
No Boletim Regional, o BC também avaliou que recuperação da economia, em recessão, depende, fundamentalmente, da reversão da confiança de consumidores e empresários. Para o BC, essa mudança na perspectiva “deverá ser fortalecida” à medida que o ajuste na economia criar condições para a retomada da atividade.
“Nesse cenário, fortemente condicionado pela crise de confiança dos agentes econômicos, destacaram-se os desempenhos negativos da indústria, das vendas do comércio e do setor de serviços, com impactos relevantes sobre o mercado de trabalho e a renda real dos consumidores”, destacou o BC.
Nesta quinta (18), o BC informou que a economia recuou de 4,08%, em 2015, o pior resultado da série histórica, que tem início em 2003. O segundo pior resultado ocorreu em 2009, período de crise econômica mundial, quando houve retração de 1,71%.
Fonte: O Tempo

Cheques sem fundos atingem recorde para meses de janeiro

A proporção de cheques devolvidos por falta de fundos no país, em janeiro, atingiu 2,41%, segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. Essa foi a maior taxa já registrada para esse mês, nos últimos 24 anos.
A série histórica começou em 1991 e, até agora, o índice mais elevado em janeiro havia sido registrado 2,29%, em 2009. Em igual período do ano passado, a devolução atingiu 2,06% do total de emissões e, em dezembro, a taxa ficou em 2,42%.



Na análise dos economistas da Serasa Experian, esse resultado “é consequência direta do aprofundamento da recessão econômica, do aumento do desemprego e da queda do poder de compra da população”.
Fonte: O Tempo

Inadimplência faz corte de energia elétrica crescer 94%

Conviver com o pior de dois mundos – a tarifa alta e a recessão econômica – fez a inadimplência crescer no Brasil e, consequentemente, aumentar o número de cortes de energia nos prazos fixados em lei. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), eles cresceram 93,75% no Brasil no primeiro semestre do ano passado frente o mesmo período de 2014, passando de 1,6 milhão para 3,1 milhões.

A situação se agravou a ponto da Abradee solicitar à Aneel um prazo maior para as empresas realizarem os cortes, meio mais eficaz para evitar a inadimplência. “Fizemos o pedido porque as empresas estavam movimentando grandes recursos para conseguir cumprir o prazo de corte, que é de 45 dias de atraso. Seria bom para as empresas e para os consumidores, que teriam mais tempo para acertar a situação, mas a Aneel não aceitou”, diz o presidente da entidade, Nelson Fonseca Leite.

O cabeleireiro Silvio Nogueira, 34, concorda que os prazos de corte de energia são curtos. “Aconteceu comigo porque viajei. Minha funcionária esqueceu. E quando cheguei, a energia já estava cortada. E a burocracia é enorme para ativar”, opina.

Segundo a Abradee, a inadimplência de 30 dias das contas de luz cresceu 17% no Brasil entre 2014 e 2015, mas se forem considerados apenas os usuários das concessionárias, a estimativa do presidente é que o número chegue a mais de 70%. A região Sudeste, de acordo com o mesmo estudo, foi a que mais contribuiu para o avanço nacional dos calotes em números absolutos, crescendo 31% (de 9% para 11,9%). Não por acaso, foi onde as tarifas mais sofreram reajuste, como os 50% de Minas.

Para Leite, uma conjunção de fatores explica esse aumento: a retração econômica, que trouxe o desemprego e a inflação, somou-se à crise hidrológica e o aumento das tarifas que estavam represadas. “A crise hídrica teve início em 2012. Foram três anos com poucas chuvas, térmicas sendo ligadas, mas os aumentos só vieram em 2015”, avalia. Agostinho Pascalicchio, professor de economia e finanças da Universidade Mackenzie (SP), diz que a tentativa do governo de manter o preço da energia elétrica baixo até 2014 “comprometeu o equilíbrio econômico-financeiro das empresas. E esse passivo ainda existe. Mesmo que as bandeiras caiam, as tarifas de energia continuarão altas”.

Segundo Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), em 2015 a inadimplência mudou. “Até o ano passado, grande parte da inadimplência era de tomada de crédito e compras de produtos. Agora, a inadimplência chegou nas contas do dia a dia, como a de luz”, diz Calife.

Crescimento

Problema. Segundo a Boa Vista, em 2013, as despesas correntes, como conta de luz, água, aluguel, representavam 10% da inadimplência brasileira. Em 2015, elas alcançaram 15% do total.

Cemig manda para o Serasa

Segundo relatório de resultados do terceiro trimestre do ano passado, divulgado pela Cemig em outubro, a inadimplência da empresa à época estava em 3,43%. O próprio documento, porém, admite a “evolução da inadimplência desde janeiro deste ano, quando passou a vigorar o mecanismo das bandeiras tarifárias e posteriormente o reajuste tarifário extraordinário e ordinário”.

“A taxa média de arrecadação para 2015 se manteve em 95% contra 96% no ano passado”, descreve. O relatório anterior, divulgado em julho de 2015, afirma que “a companhia registrou um aumento médio da inadimplência de 5%” e que isso “tem refletido negativamente no fluxo de caixa da empresa”.

A reportagem buscou junto à Cemig os índices de inadimplência atuais, mas a empresa alegou que a informação é sigilosa. Porém, declarou por nota que “o número de cortes praticados pela Cemig está na média dos últimos anos”.

Já uma pesquisa da Fecomércio-MG, referente a dezembro de 2015, mostra que 16,4% dos entrevistados estavam com a conta de energia elétrica atrasada. Na pesquisa de outubro, esse índice chegou a 31,1%. Para os consumidores, está cada vez mais difícil manter a conta de luz em dia. “Hoje, a gente deixa de garantir alimentação e remédios para dar conta da tarifa de energia”, afirma a pedagoga Elisabeth de Barros, 27. “Acho o valor da conta da Cemig abusivo. Isso acaba aumentando a inadimplência mesmo”, opina o cabeleireiro Silvio Nogueira, 34.

No combate à inadimplência, a Cemig inscreve o nome dos clientes no Serviço de Proteção ao Crédito Serasa e faz o corte de fornecimento.


Argumento da empresa pode contrariar lei

Baseada no Decreto 45.969 de 2012, que regulamenta o acesso à informação no Estado, a Cemig não informou à reportagem de O TEMPO o seu índice de inadimplência em 2015. Já a lei 12.527, que garante acesso à informação, afirma que “subordinam-se ao regime desta lei: as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios”. A lei federal também diz que a “publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas”.

Questionada, a Cemig afirmou, via assessoria de imprensa, que o decreto estadual a liberaria de seguir a legislação federal. Porém, segundo o presidente da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages) Magid Nauef Láuar, um decreto estadual não poderia alterar o teor de uma legislação federal. “Não posso opinar sobre caso específico. O que posso dizer é que um decreto estadual não pode, jamais, ser contra uma lei federal. Isso fere a hierarquia das normas”, afirma Láuar. 
Fonte: O Tempo

19 de fevereiro de 2016

Intenção de consumo das famílias cresce

A Intenção de Consumo das Famílias, medida pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) cresceu 1,6% na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. Esta é a terceira alta consecutiva do indicador, medido com base na opinião de consumidores brasileiros nesse tipo de comparação. Em relação a fevereiro de 2015, houve queda de 33,2%, o 38º recuo consecutivo.
A alta na comparação mensal foi puxada por seis dos sete componentes do indicador. Apenas a intenção de compra a prazo caiu (-1,3%). Os maiores avanços foram percebidos no momento para a compra de bens duráveis (4,5%) e na perspectiva profissional (2,9%).
Os demais componentes tiveram as seguintes altas: emprego atual (1,9%), perspectiva de consumo (1,6%), renda atual (1,2%) e nível de consumo atual (0,7%).
Fonte: O Tempo

'Inflação do aluguel' acumula alta acima de 12% em 12 meses, diz FGV

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), conhecido como inflação do aluguel porque é usado para reajustar a maioria dos contratos de locação de imóveis, acelerou na segunda prévia de fevereiro para 1,24%, depois de avançar 0,83% no mesmo período de janeiro.

Em 12 meses, o indicador acumula alta de 12,02%, e no ano, de 2,39%, segundo informou nesta sexta-feira (19) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os preços no atacado e entra no cálculo do IGP-M, subiu de 0,82% para 1,39%. A taxa de variação dos bens finais passou de 1,41% para 1,31%. "A maior contribuição para este movimento teve origem no subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 6,49% para 1,99%."
Também usado para calcular o IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que avalia os preços no varejo, registrou variação de 1,17% na segunda prévia de fevereiro, ante 1,10%, no mesmo período do mês anterior. Sete das oito classes de despesa do índice registraram avanço, com destaque para o grupo transportes, cuja taxa passou de 0,93% para 1,74%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que calcula os preços da construção,  apresentou alta de 0,40%. No mês anterior, a taxa foi de 0,27%. O índice que representa o custo da mão de obra registrou taxa de variação de 0,33%. No mês anterior, este índice variou 0,08%.
Fonte: G1