14 de dezembro de 2015

Dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Uberaba sofre perseguição feita pela empresa Black & Decker do Brasil



O dirigente sindical do S.T.I.M.M.M.E.U., Aymar Dias da Silva, está sendo vítima de perseguição feita pela empresa Black & Decker do Brasil. De acordo com o sindicalista, recentemente, ele foi surpreendido ao ser demitido por justa, com a alegação de que teria atrasado a apresentação de atestado médico, o qual o torna inapto ao trabalho, devido a problemas de saúde.
“A perseguição começou em 2013, quando passei a fazer parte da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Uberaba. Eu sempre fui um trabalhador dedicado e cumpri com todos meus deveres”, destacou Aymar Dias da Silva.
Afastado desde 2011, o dirigente sindical está com processo de aposentadoria por invalidez em andamento, aguardando apenas a decisão judicial. Além disso, no dia 20 de agosto deste ano, ele fez uma perícia por ordem da justiça. Após o INSS ter cortado seu benefício, ele recebeu um atestado médico indicando que não estaria apto ao trabalho e deveria permanecer afastado por tempo indeterminado.
Contudo, o médico da empresa desconsiderou esse atestado e em seu laudo tornou Aymar Dias da Silva apto para o trabalho. Ele, então, retornou à Black & Decker para trabalhar, mas as fortes dores o levaram ao ambulatório da empresa, que ao invés de encaminhá-lo ao INSS, fez ‘vistas grossas’. O sindicalista procurou outro médico da mesma especialidade, quem o atestou inapto para o trabalho.
Como a empresa se recusou a aceitar esse último laudo, o dirigente sindical enviou os atestados por e-mails e AR’s (correio) para a empresa. Como se não bastasse, a empresa o afastou por tempo indeterminado até que a justiça possa julgar a causa.
“Esse é um artifício usado pela empresa para lesar os direitos de cidadão do trabalhador, além disso, a empresa está cheia de processos trabalhista na justiça”, explicou o dirigente sindical.
Ele ainda fez um alerta aos trabalhadores que sofrem perseguições similares: “Corram atrás de seus direitos, pois a empresa não quer nem saber. Ela suga o trabalhador enquanto pode e na hora de dar uma assistência digna, simplesmente vira as costas e não quer saber. Ou seja, se você não produz mais, então não serve. Simplesmente assim, como se fossemos um monte de sucatas pronto para ser descartados”.

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